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Após Venezuela romper relações, presidente do Panamá expressa “assombro”

O governo do Panamá respondeu na noite dessa quarta-feira (5) ao anúncio do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sobre a ruptura de relações políticas e diplomáticas e o congelamento de operações econômicas e comerciais com o país. Em nota, o governo do presidente Ricardo Martinelli expressou “assombro”.

Monumento Paseo Los Próceres, Caracas, VenezuelaO Panamá convocou uma reunião privada para hoje (6) na sede da Organização dos Estados Americanos (OEA), com o objetivo de discutir a situação política na Venezuela, após três semanas de protestos ininterruptos de movimentos da sociedade e de setores de oposição no país.
“Tomamos a atitude de promover a reunião na OEA com o único objetivo de ajudar os diferentes atores do país-irmão a fortalecer a democracia e os direitos humanos”, diz o texto. “Não entendemos os temores do governo venezuelano”, completa.
A iniciativa do governo panamenho foi considerada pelo governo de Maduro “uma ingerência nos assuntos internos da Venezuela” e, por isso, Maduro anunciou ontem o rompimento das relações. Na nota divulgada pela Presidência da República do Panamá, o presidente Ricardo Martenelli diz “desejar a paz e o fortalecimento da democracia venezuelana”.
No comunicado, o governo do Panamá negou que tenha “se intrometido em assuntos venezuelanos” e se defendeu dizendo que a Venezuela já havia adotado medida semelhante em 1989, quando o Panamá passava por uma fase de instabilidade política e de conflitos sociais internos.(AB)

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