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O que é melhor: discurso lido ou discurso de improviso?

Discurso lido ou de improviso?Com raras exceções, seus discursos deverão ser feitos sem leitura. Não ler um discurso, contudo, não significa, entretanto,falar de improviso. A noção de discurso escrito é facilmente compreensível, já a de discurso de improviso admite vários sentidos.
Falar de improviso é fazer um discurso, no calor da ocasião, de maneira espontânea, construído naquele momento, enquanto você fala.
Há oradores talentosos que conseguem fazer brilhantes discursos de improviso, mas são poucos e raros. Mesmo os principais líderes políticos preparam previamente os discursos que vão pronunciar.
Preparar o discurso, porém, não quer dizer ler o discurso para seus ouvintes. Nem tampouco decorar um discurso inteiro. Significa ordenar a peça oratória dentro de uma estrutura lógica que possua clareza, unidade, proporcionalidade, relevância e adequação.
O discurso então, não pode ser um amontoado de frases mal articuladas entre si.  O primeiro requisito é possuirunidade. Assim, as partes que o integram – abertura, desenvolvimento, e conclusão – devem estar articuladas entre si e devem respeitar suas respectivas proporcionalidades.
Preparar o discurso é então construi-lo respeitando essas regras. Muitos fazem um esquema do discurso e,além de incluir as frases de efeito já testadas, acrescentam outros elementos de ajuda à memória (mnemônicos), como sinais, palavras, código próprio.
Você vai decorar o esquema, não o discurso.
Este, ainda que siga um esquema, permitirá que você o adapte àquele público específico, seja repetindo-o de maneira diferente ou usando um exemplo, ou ainda valorizando mais algumas propostas em relação a outras.
Em resumo, a folga que a memória do discurso lhe dará, ajudada pelo esquema que o resume, vai permitir a você estabelecer um nexo emocional com seu público, cativar sua curiosidade e interesse no que você tem a dizer, favorecer a memorização de suas idéias e projetos e fixar de forma positiva a sua imagem.
Por fim não esqueça nunca que, como disse David Ogilvy: “comunicação não é o que você diz, é o que os outros entendem” e, como diz Mário Ferreira dos Santos em suas obras sobre Oratória, “Sacrifique tudo, menos a clareza”.(Politica para Políticos)

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