Marcelo Nilo acha que será convidado para vice de Rui
Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia pelo quarto mandato, o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT) construiu os últimos passos em direção a alcançar a Governadoria do estado, mas depende de um sim para buscar essa tentativa nas urnas. Há mais de um ano traçando estratégias rumo a um salto maior, o pedetista mostra-se convicto de que ganhará a briga com o PP e estará ao lado do secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), candidato lançado pelo governador Jaques Wagner (PT) na corrida pela sucessão estadual em 2014. Tendo conquistado o comando da Casa Legislativa com o apoio do governador, Nilo confia que o “amigo” mais uma vez não o deixará para traz e anunciará o seu nome para vice, único espaço vago na chapa ao governo.
“Estou convencido de que serei convidado. Se não for será uma grande surpresa, a segunda maior da minha vida. A primeira foi quando Marambaia perdeu para Honorato, quando considerávamos que sua vitória era certa”, disse, ontem, durante almoço de confraternização de final de ano com os jornalistas, no Parlamento. Nilo se referiu ao último embate ocorrido para a presidência da Casa, entre os ex-deputados Antônio Honorato e Isaac Marambaia. O primeiro conseguiu virar o jogo na véspera da eleição.
Nilo acredita que além da viabilidade, pesará a relação de confiança com o chefe do Executivo no estado e as articulações com os aliados. “Conheço Wagner como a palma da minha mão. Falo com ele três vezes por dia e estou certo da indicação”, frisou. O pedetista confessou que manteve diálogos com vários partidos, de quem teria adquirido apoio para ser vice, entre eles, PCdoB, PR e PSC.
PDT sai na frente do PP, afirma pedetista
Na briga com o PP dos deputados federais Mário Negromonte e João Leão para conquistar a vice, Nilo acredita que o PDT sai na frente em potencial de votos e representatividade e que terá condições de provar tal fato. “Eles têm cinco deputados estaduais, nós também temos cinco. Eles têm três federais, nós temos dois. O PP tem um suplente de senador, o PDT também tem. O PP tem 54 prefeitos e nós temos 45 prefeitos, mas sozinho tenho o apoio de mais de 20 prefeitos de vários partidos, DEM, PMDB e do próprio PP. Temos um senador da República, João Durval, e ainda temos o presidente da Assembleia. Será que somos mais fracos?”, provocou.
Nilo disse que não acreditará na justificativa de peso partidário, caso fique de fora. “Não posso aceitar. Aceito qualquer outro, como pesquisa”, disse, citando ainda que é preciso ver quem é o “mais conhecido e tem o apoio maior dos deputados”.
Questionado sobre a hipótese de não ser o escolhido, Nilo disparou: “Se isso não acontecer só tenho uma alternativa: manter minha candidatura (ao governo). Isso se o PDT quiser, pois minha candidatura pertence ao partido”.
O pedetista rejeitou as outras opções de disputa ou indicação em 2014. “A chance de eu ser estadual é uma gota no oceano”. Ele também descartou a vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Não vou porque sou muito novo”, justificou. A Câmara Federal também não o contentaria: “Não gosto de Brasília”. Em seguida emendou: “Eu não posso ser federal, pois todos os prefeitos meus já têm deputados federais. Vou criar muitos problemas com os amigos”.
A articulação com outras composições, entre elas, a da senadora Lídice da Mata, candidata ao governo pelo PSB foi também rejeitada pelo deputado. “Lídice é uma amizade de 40 anos. Ela é amiga de infância de minha esposa, mas isso não passa pela minha cabeça. Só tenho duas opções: ser candidato a vice ou a governador”, repetiu.