Marcelo Nilo diz que aliados preferem o nome dele do que um candidato do PT
Envolvido em um arsenal de estratégias, que inclui roteiro de seguidas viagens pelo interior do Estado, inserções televisivas e afirmações diárias em entrevistas aos programas mais populares de rádio, o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT), presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, investe na conjuntura pré-eleitoral de 2014, dando sinais de que sua pré-candidatura ao governo do Estado pode ser pra valer.
Além de se dirigir ao público como uma alternativa ao páreo, Nilo sinaliza a possível costura com os aliados, apostando no desgaste do PT para cravar seu nome às sucessão ao governador Jaques Wagner (PT).
O dirigente do Legislativo estadual apontou para esse cenário ao dizer com ênfase, ontem, em entrevista a rádio Tudo FM, que os líderes dos partidos que integram a base aliada preferem a sua postulação a um nome do PT ao governo. “Estou convencido neste momento que quem reúne as melhores condições políticas da base do governo sou eu, Marcelo Nilo, pelas relações que construi com os partidos aliados. Apesar de que eles não vão confirmar, eu estou convencido de que Otto Alencar prefere a mim ao candidato do PT, que Mário Negromonte, presidente do PP, prefere a mim ao candidato do PT, que a senadora Lídice da Mata, se não for candidata, prefere a mim, que Daniel Almeida, presidente do PCdoB, prefere a mim, que José Rocha, presidente do PR, prefere a mim, que Benito Gama, presidente do PTB, Eliel Santana do PSC, Toninho do PSL preferem a mim ao candidato do PT”, declarou.
Nilo destacou a “convicção” de que é o melhor candidato paraconcorrer à cabeça de chapa, contudo frisou que só conseguirá tal feito numa articulação com o governador. “O candidato do coração do governador é do PT. Eu sou a segunda opção do coração dele. Só sairei candidato combinado com o governador”, disse ao lembrar que Wagner é o “técnico” que definirá o jogo.
O pedetista considerou a possibilidade de os pré-candidatos petistas não se viabilizarem e dessa forma seu nome pontuar como o ideal dentro da base. Nilo vislumbrou a hipótese de o PT confirmar a escolha do candidato próprio no mês de novembro e o governador bater o martelo em fevereiro do próximo ano. “Vão sentar em fevereiro os dois candidatos da base, o do PT e eu. Aquele que tiver as melhores condições políticas vai ser o candidato do governador”.
Interesse em conquistar petistas
Embora lideranças do PT já tenham deixado claro que não irão abrir mão da candidatura para um aliado, o presidente do Parlamento estadual cogitou a possibilidade de conquistar os “parceiros de 23 anos” nessa empreitada. “O PT, que é um grande partido que me apoiou para presidente da Assembleia por quatro vezes, mas isso só aconteceu aos 45 minutos do segundo tempo. Quando eles tentarem viabilizar a candidatura e não conseguirem vão dizer: – Vai dar Marcelo Nilo ou um candidato da oposição, Geddel, Paulo Souto. Dessa forma vamos acompanhar Marcelo Nilo, que sempre foi nosso parceiro e do governador, com quem eu tenho uma relação de fidelidade”, conjeturou.
Nilo também acredita que após demonstrar musculatura eleitoral, Wagner, a quem classifica como um grande amigo, vai apostar em seu nome. “O governador sempre prestigiou os aliados e eu sempre estive do lado do governador nos momentos bons e ruins”, afirmou, lembrando que esteve ao lado do chefe do Executivo baiano na greve da Polícia Militar e dos professores que ficaram acampados por mais de cem dias na Casa Legislativa.
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