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Ex-ministro prevê que crescimento da Bahia vai superar o do país em 2013

mnobA expansão econômica na Bahia deve superar o crescimento do setor no Brasil, segundo previsão feita na manhã dessa sexta-feira (9), no segundo e último dia do Fórum de Oportunidades de Investimentos na Bahia, evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e o Lide Bahia – Grupo de Líderes Empresariais.
No painel apresentado pelo economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, as expectativas de crescimento do Brasil em 2013 e nos próximos anos não são muito animadoras. Nóbrega iniciou os debates do fórum apresentando painel  “Perspectivas da Economia Brasileira”, seguido do anfitrião do evento, o presidente da Fieb,  José de Freitas Mascarenhas, segundo palestrante do dia, com o tema “ Oportunidades de Investimentos na Bahia”.
Embora não se considere especialista sobre a economia no estado, o ex-ministro se mostrou otimista em relação ao crescimento econômico na Bahia nos próximos anos. “A Bahia tem um potencial enorme de crescimento que deve ser superior ao ritmo de crescimento do Brasil, devido a base industrial sólida, que agora se ampliou com a indústria automobilística diversificada, que tem pactos para frente e para traz, com setor de autopeças, pneus, transporte e de negócios”, pontuou Nóbrega, sem deixar de citar também o lugar do estado como polo calçadista e potencial turístico. “Como curioso, tendo a dizer que o ritmo de expansão da atividade econômica e do emprego na Bahia deve ser maior do que o restante do país. Não como deveria ser, mas maior do que no Brasil”, continuou.
Em relação ao quadro nacional, Nóbrega estimou que 2013 terá o crescimento do  Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 2,1%, número considerado baixo pelos especialistas. Para os próximos anos, a estimativa é ainda mais baixa, segundo o ex-ministro. Segundo ele, o pessimismo em relação ao crescimento econômico no Brasil nos próximos anos se dá pela falta de reformas realizadas pelo governo Lula, a deterioração da infraestrutura no país e ao alto estímulo ao consumo, com escassez de mão de obra, situação inversa a encontrada, segundo ele, no início da gestão do Partido Trabalhista na Presidência da República.
“O país perdeu o dinamismo nos últimos anos. O governo Lula foi uma gestão de colheita de frutos gerados por algumas bonanças que convergiram exatamente quando ele assumiu o governo. Do lado externo teve uma alta liquidez nos mercados internacionais de capitais que facilitou o acesso das empresas do governo ao crédito externo, a abertura de capital das empresas com colocação das ações no exterior. Do lado da atividade econômica, a China emergiu como maior importadora de commodities agrícolas e minerais, das quais o Brasil é competitivo. O Lula chegou no governo no ambiente completamente favorável, tanto nos fatores internos quanto externos e a maior contribuição dele foi não ter feito nada”, opinou. Ainda de acordo com o economista, as promessas de Lula de mudar a política econômica do país não foram cumpridas, se mantendo à projetada por Fernando Henrique Cardoso. “Lula colheu os frutos das árvores daquele pomar e convenceu a sociedade brasileira que ele havia plantado. O que acontece agora é que a safra está acabando e novas árvores não foram plantadas”, afirmou.(Tribuna)

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