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Soldado escapa de perpétua no caso WikiLeaks

Um tribunal militar americano decidiu nesta terça-feira (30) que o soldado Bradley Manning, acusado de vazamento de documentos para o WikiLeaks, foi inocentado da mais séria das acusações, a de “conluio com o inimigo”. Por outro lado, Manning, de 25 anos, foi considerado culpado de cinco acusações de espionagem, cinco de furto, uma de fraude eletrônica e outras infrações militares.
A juíza, a coronel Denise Lind, deliberou por 16 horas ao longo de três dias para chegar à decisão.
A sentença deve sair nos próximos dias, com a audiência iniciando nesta quarta-feira (31), na base militar de Fort Meade, nos arredores de Washington, onde aconteceu o julgamento..
Se tivesse sido considerado culpado de conluio com o inimigo, Bradley teria pegado uma pena de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.A pena pode chegar a um máximo de 128 anos de prisão.
O governo dos EUA estava pressionando pela pena máxima para o que é visto como uma grave violação da segurança nacional, que inclui relatórios do campos de batalha de guerras no Iraque e Afeganistão.
Já ativistas antissigilo elogiaram a ação de Manning como um foco de luz sobre as operações obscuras da diplomacia dos Estados Unidos no exterior.
Promotores do Exército sustentaram durante o julgamento marcial que a segurança dos EUA foi prejudicada quando o site WikiLeaks publicou vídeos de um ataque realizado por um helicóptero Apache norte-americano, telegramas e detalhes secretos sobre prisioneiros detidos em Guantánamo, enviados por Manning ao site enquanto ele era um analista de inteligência no Iraque, em 2009 e 2010.
Um grupo de cerca de 30 apoiadores de Manning se reuniu do lado de fora do Fort Meade antes da leitura do veredicto.
(G1)

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