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Garota infectada com HIV morre no HGC

Morreu no início da tarde desta sexta-feira (19) no Hospital Geral de Camaçari, Viviane Correia Ribeiro, 17 anos, que estava internada na unidade hospitalar desde sábado (13). A adolescente vinha sofrendo com o vírus HIV, que adquiriu aos três anos de idade, durante uma transfusão de sangue realizada no Hospital Geral Roberto Santos em Salvador, de acordo com afirmações de familiares. 
Muito nervoso e emocionado no momento da morte, Carlos Alberto da Silva, pai da vítima teve que ser retirado do local com auxilio da Polícia Militar e do lado de fora do HGC juntamente com familiares, ele realizou um protesto. 
O corpo deverá ser encaminhado para o Instituto Médico legal. 

Entenda o caso – O pintor de carros Carlos Alberto da Silva Ribeiro, de 40 anos, mora de aluguel no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, com as quatro filhas. Uma delas foi infectada aos 3 anos de idade pelo vírus HIV durante transfusão de sangue no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador. 
Em 2005, a família entrou com um processo na Justiça, que chegou a ser julgado em 2010, mas o Governo do Estado recorreu. No dia 24 de julho em novo julgamento, saiu decisão para pagamento de pensão vitalícia de quatro salários mínimos e indenização de R$ 100 mil à família da menina. O governo informou que vai recorrer.  
Segundo Carlos, a jovem precisou ser internada no Hospital Roberto Santos aos três anos de idade por conta de uma anemia. Ele diz que ao fazer a transfusão de sangue, o corpo da filha começou a apresentar algumas mudanças. “Perguntei ao médico por que o corpo dela estava vermelho e me disseram que era uma reação alérgica, que quando eu chegasse a casa ia passar. Nunca mais passou”.  
Carlos lembra que a criança começou a ficar doente com frequência e, por isso, ele fez um plano de saúde. Ao levar a menina a um hospital particular, ele pediu que o exame de HIV fosse feito. “Eu suspeitava que fosse essa doença, mas eu não tinha coragem de pedir para fazer o exame”, disse.  
Ao saber que a filha era portadora do vírus HIV, Carlos diz que tudo mudou na vida dele. “O mundo desabou. Minha vida virou uma ruína. Eu fiquei muito triste”. De acordo com o autônomo, ele desconfiou que o caso fosse de responsabilidade do estado porque não há histórico de HIV na sua família. A partir daí, acionou um advogado e entrou com uma ação direta contra o Estado. 
Para cuidar da garota, Carlos Alberto teve que vender sua casa própria e um carro. “Detonei um carro, detonei uma casa. Destruí tudo que tinha para pagar o tratamento. Perdi diversos empregos e hoje moro de aluguel”, relata o pintor, que diz ainda que não teve dinheiro para pagar um tratamento de pele e óculos novos para a filha, que tinha um grau de miopia muito elevado. 
Mesmo com a condenação do Governo do Estado da Bahia, o pai diz que continua indignado com a situação. “Eu estou triste porque eles vão recorrer. Eles não abraçaram a causa”, aponta. (CA)

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