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Bahia: Palanque bambo 1.

Com a aproximação do pleito de 2014, as forças políticas começam a se movimentarem. É comum neste período que o ocupante do poder tenha a primazia e comande as iniciativas.
Não ocorre isso com Wagner. Em meio as diversas corrente que compõem seu partido, o governador se vê em uma tempestade que pode levar o barco petista para as rochas da derrota.
Talvez, os grandes analistas políticos do estado, presos a suas lógicas impecáveis, esperam até o ano que vem para publicarem seus diagnósticos. As pitonisas de plantão preferem a luz clara do quadro à  véspera da exposição.
De minha parte, acredito que a escolha do governador pode condenar o PT a um castigo de 16 anos. Debilitado pela derrota acachapante que sofre em duas das maiores cidades do estado, o partido de Wagner se vê sem quadros que possam representar sua grandeza de outrora. Os recentes episódios de protesto deixaram uma conta amarga para o partido que estava acostumado a comandar protesto e não em ser seu alvo.
A escolha e predileção de Wagner por Costa é sintoma de uma falta de possibilidade crônica. É sabido por todos que, para torna-se deputado estadual ou federal, basta recurso e um punhado de bons amigos associado a meia dúzia de prefeituras. Para ser governador, além dos requisitos anteriores multiplicados, é preciso estrela. Particularmente, não vejo isso em Costa.
Alia-se a este fato a resolução intempestiva de Lídice da Mata em formar palanque para seu candidato a presidente, Eduardo Campos. Se esta tendência da Senadora for confirmada, o palanque petista para o primeiro turno fica capenga. Lídice perdeu o trem da história  quando cedeu sua vaga a prefeita para Pinheiro. Erro grasso que lhe tirou a chance real de ocupar a prefeitura de Salvador. Agora, Senadora da República, com mais quatro anos pela frente, nada tem a perder se escolher candidatar-se ao governo do estado.
Menos uma estrela no céu petista.
Em outra vertente, Otto Alencar sempre solicito e sorridente, mas com um partido que possui mais de sete dezenas de prefeituras. Fato que o credencia a buscar mais do que uma vaga no Congresso Nacional como deputado. Ex-Governador, Ex-Conselheiro do TCE, vice-governador e liderança incontestável  com trânsito em todas as esferas políticas, o que será que falta?
Não será nem um pouco estranho se sua bancada de deputados estaduais e federais e seus municípios pedirem que ele alce vôos mais altos. Seria normal, ou não seria?
Menos outro…
Por fim, o crescimento das hostes de direita, lideradas pelo prefeito de Salvador, ACM Neto,  representam uma ameaça concreta. Embora o nome que lidera as pesquisas de intenção de votos não esteja disponível, sua apoio seria fundamental para que outros tentasse chagar a Ondina. de concreto temos, um PT sem nome e uma direita crescente. se Wagner vacilar entrará para a história como o governador que entregou a cadeira.
Por Jorge Andrade.

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