‘Pressa’ é vilã na qualidade dos aplicativos móveis brasileiros
A Qualcomm lança ainda este mês no Brasil um portal -Qualcomm Developpers Network – que dará acesso, sobretudo, aos pequenos desenvolvedores de aplicativos a inúmeras plataformas de testes para que eles tenham condições de ofertar as soluções mais adequadas ao mercado e melhorar a experiência do usuário.
Os testes são considerados críticos, uma vez que as experiências mostram erros críticos em mais de 70% dos aplicativos testados, nacionais e internacionais. São problemas como como consumo excessivo de CPU ou de banda, revelou o gerente de Relacionamento do Laboratório de Aplicativos da companhia, Bruno Evangelista, durante palestra na 13ª edição do Rio Wireless.
Entre os aplicativos testados, os brasileiros apresentam menor índice de maturidade. Evangelista ressalta que mais da metade dos erros são do nível mais básico, detectados em dois dias de testes. “Há uma pressa em colocar o produto no mercado, e os desenvolvedores acabam esquecendo pequenos detalhes”. Mais da metade dos erros são revelados no nível mais básico de testes, realizados em no máximo dois dias. O segundo nível de teste, quando há se estressa bastante a parte dos bugs simples, são realizadas experiências para melhorar a aplicação para o consumidor final.
“Queremos ajudar os desenvolvedores a identificar os erros e corrigir antes que os aplicativos ganhem o mercado. Sempre com o objetivo de oferecer ao usuário a melhor experiência possível”, conta Evangelista. Com a versão em português do portal, que já existe, a Qualcomm espera atrair um número cada vez maior de desenvolvedores de aplicativos para rede móvel no país. “Trabalhamos muito próximo a universidades e queremos que esses desenvolvedores tenham noções também de gestão para que as boas ideias cheguem praticamente sem bugs aos usuários finais, com baixa incidência de erros”, afirmou.
Os testes realizados pela Qualcomm mostram que apenas 30% dos aplicativos testados não apresentam erros críticos como consumo excessivo de bateria e ou de banda. Entre 71 aplicativos testados no laboratório, foram registrados 416 erros. Evangelista chama a atenção para o alto índice de problemas básicos, que são identificados no primeiro nível de testes, como a aplicação continuar rodando depois que o usuário desliga o display do telefone, o que consome recursos, ou ele deixar de funcionar quando há uma inversão do modo de exposição da tela.
“O que queremos é que cada vez mais surjam novos aplicativos. Funcionem em qualquer dispositivo móvel no mercado”, destacou Evangelista.O consultor especializado no mercado de tecnologia móvel Eduardo Prado dia que há uma demanda ainda muito grande por aplicativos no Brasil, tanto por parte dos consumidores finais, como por alguns segmentos de mercado, como saúde, educação e Governo.
(Convergência Digital)