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Elevação mais suave do IGP-M

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,15% em abril, ante elevação de 0,21% em março, em meio a uma deflação no atacado e à desaceleração da alta dos preços no varejo, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em relação à segunda prévia de abril, também houve desaceleração, após avanço de 0,28%.
De acordo com a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve deflação de 0,12% em abril, ante variação positiva de 0,01% em março.
Quanto à origem dos produtos, os agropecuários tiveram queda de 1,82% em abril, ante recuo de 0,70% no mês anterior. Os industriais, entretanto, aceleraram a alta a 0,54%, ante 0,3% em março.
Entre os estágios de produção, os preços dos Bens Finais avançaram 0,86%, ante 1% anteriormente. Contribuiu para esse movimento o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 7,89% para 6,19%.
No segmento Bens Intermediários, foi registrada queda de 0,19%, ante recuo de 0,28% em março. A principal contribuição partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de -1,14% para -0,78%.
Já o índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação negativa de 1,20%, contra recuo de 0,78% no mês anterior. Os itens que mais influenciaram foram milho em grão (-3,36% para -10,21%), aves (-1,18% para -8,84%) e cana-de-açúcar (0,29% para -1,40%).
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30% no índice geral, desacelerou a alta para 0,60%, contra 0,72% visto anteriormente. A principal contribuição partiu do grupo Transportes, com desaceleração da alta a 0,26% em abril ante 0,61% em março. Nessa classe de despesa, destacou-se o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 2,17% -0,38%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou elevação de 0,84%, acelerando ante alta de 0,28% em março. O resultado do INCC, que responde por 10% do IGP, foi puxado pela Mão de Obra, que acelerou a alta a 1,15% em abril ante 0,14% no mês anterior. Já Materiais, Equipamentos e Serviços mostrou avanço de 0,50%, ante 0,42% em março.
Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. (DC)

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