O risco de um voo curto
O tucano Aécio Neves vai precisar de muito fôlego e trabalho na campanha se quiser chegar ao 2º turno da eleição presidencial em 2014 como candidato do PSDB. Além de encontrar dificuldade na conquista de eleitores em São Paulo e Rio, dois dos principais colégios eleitorais do País, ele também não terá facilidade de atrair o eleitorado no Norte e Nordeste, caso a ex-ministra Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, confirmem suas candidaturas. Seu voo pode ser encurtado.
É certo que Aécio terá em São Paulo o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas há dúvida se o senador obterá igual empenho do governador Geraldo Alckmin, mais preocupado com sua reeleição, e de José
Serra, pendurado no espaço sem saber o que fazer em 2014.
Aécio sabe que seu partido não é bom de voto no Rio e, para piorar a situação, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes continuam alinhados com o governo de Dilma. São Paulo e Rio somam cerca de 40 milhões do total de 135 milhões de votos no País.
Aécio vai iniciar a campanha confiando no apoio de FHC e explorando o mito ainda vivo do avô Tancredo. (Por Eymar Mascaro)