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É preciso evitar os gargalos

 Por Delfim Netto
Ao mesmo tempo em que o Brasil dá prioridade aos investimentos para expandir a oferta de energia limpa, com os novos projetos de hidrelétricas e, mais recentemente, no aproveitamento das oportunidades da geração da energia dos ventos, os pesos pesados na economia mundial continuam aumentando a poluição ambiental com a queima de enormes volumes de carvão.
Em primeiro lugar vem a China, que em 2011 superou os Estados Unidos como o maior produtor mundial de eletricidade: sua indústria doméstica de carvão passou a gerar mais energia do que a produzida por todo o petróleo do Oriente Médio; os Estados Unidos – sob o governo Obama – têm reduzido a produção carbonífera, mas ainda é o segundo consumidor mundial, posição ameaçada pela Índia, que em 2010 consumiu mais de 300 milhões de toneladas de equivalente em petróleo, segundo dados da Agência Internacional de Energia.  
Para medir o potencial de aumento dos níveis de poluição ambiental, basta saber que a oferta mundial de eletricidade duplicou na última década e que 2/3 do aumento tem origem na queima do carvão. No mesmo período, a capacidade de oferta de energia hídrica na matriz brasileira aumentou 50%. Indiscutivelmente continua sendo reconhecida como a matriz mais limpa dentre todas as grandes economias.

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