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Tragédia em Santa Maria é alerta para Salvador

A tragédia na cidade de Santa Maria (RS) traz à tona uma preocupação em relação aos grandes eventos, principalmente em Salvador. São vários empreendimentos onde os riscos de mortes estão potencializados por conta da falta de planos de prevenção de incêndios e evacuação.
Os alvarás recheados de condicionantes a serem cumpridas até a renovação, ficam afixados nas paredes, mesmo quando a sua validade expira. Não há nenhum tipo de escrúpulo dos proprietários dessas caixas de concreto chamadas de boates, onde jovens curtem o glamour de ficar na fila para adentrar ao recinto.
Notadamente não há rotas de evacuação e portas para saída de emergência, pois a premissa é fazer movimento na entrada e obstáculos para a saída que deve ser liberada apenas após o pagamento do consumo. E o ícone dessa dinâmica é a estreita porta. Referência de boate “bombada” é a balbúrdia para entrar. Esse é o lugar da moda onde “gente bonita” se aglomera.
Porque as vistorias desses locais são feitas apenas nos projetos apresentados para liberação de alvarás? E por que quando há visitação ao empreendimento, somente as áreas comuns são verificadas em uma visita com intimidade que causa suspeição?
O Corpo de Bombeiros não mais é o órgão validador dos projetos de prevenção de incêndios em Salvador. A Sucom por meio de seus “técnicos” fiscais é quem aprova tal planejamento apresentado pelos empreendedores solicitantes de alvarás de funcionamento. A única preocupação é o isolamento acústico, pois as queixas decorrentes da poluição sonora vão “encher” os ramais do órgão e fazer com que os seus funcionários tenham que deslocar à noite para coibir a prática infracional. Mas, quando a tragédia do fogo consumidor acontece são os bombeiros – que desconhecem o local e suas rotas – que saem em socorro.
A tragédia que derrama lágrimas nas famílias de Santa Maria é o sinal de alerta para a Prefeitura de Salvador rever os procedimentos para liberação de alvarás para empreendimentos que tenham concentração pública.(Politica na Rede)

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