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Chávez pode ser levado a Caracas para tomar posse

Os médicos cubanos que atendem Hugo Chávez em Havana estão sendo pressionados pelo governo de Raúl Castro para estabilizar a situação do mandatário venezuelano ao ponto de, pelo menos, permitir que ele tome posse do cargo e nomeie Nicolás Maduro vice-presidente. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo jornal espanhol ABC, o mesmo que publicou reportagem, no início deste mês, apontando que o caudilho estava em coma induzido.
A posse de Chávez para o mandato 2013-2019 estava prevista na Constituição venezuelana para ocorrer no último dia 10. Na véspera, contudo, o Supremo Tribunal de Justiça endossou a tese chavista de que o juramento em Caracas seria mera “formalidade”, e afirmou que há uma “continuidade administrativa” no país, uma vez que Chávez foi reeleito em outubro. Na esteira da decisão judicial, os ministros e o vice-presidente – que não é eleito, mas nomeado – permaneceram em suas funções.
Segundo o ABC, está sendo considerada a possibilidade de transferir Chávez – apesar dos riscos – para o Hospital Militar de Caracas, onde ele continuaria internado, mas poderia prestar juramento e confirmar Maduro como vice, acabando com os questionamentos sobre suas funções. A prioridade de Cuba, diz a reportagem, seria impedir que o chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, assumisse o comando do país – os Castro, que dependem do petróleo venezuelano, confiam mais no vice para manter a relação entre os dois países.
A oposição questionou a interpretação dada pelo chavismo à Constituição, defendendo que fosse declarada ausência temporária ou absoluta do coronel. Neste caso, uma nova eleição seria convocada e, até que fosse realizada, Cabello ficaria no poder.
Citando fontes ligadas à equipe médica que atende Chávez, o jornal afirma que o mandatário sofreu uma parada cardíaca no último dia 5. E que, apesar da melhora em relação a uma pneumonia sofrida há alguns dias, sua condição geral segue crítica.
OEA – O chanceler do Panamá, Rómulo Roux, negou nesta sexta-feira que a Venezuela tenha pressionado o governo panamenho para que destituísse seu embaixador na Organização dos Estados Americanos, Guillermo Cochez, informou o jornal venezuelano El Universal.
Cochez foi destituído depois de fazer críticas à situação política na Venezuela. Segundo o ministro, as declarações do embaixador não correspondem à posição do Panamá em relação ao caso. Em uma reunião da OEA na última quarta-feira, Cochez pediu que a “potencial violação” da Constituição Venezuelana não seja ignorada e considerou que a organização “se precipitou ao convalidar uma série de eventos sem precedente histórico” no país.
(Veja)

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