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PF indicia Rosemary Noronha por formação de quadrilha

A ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, foi indiciada em São Paulo neste sábado (8), por formação de quadrilha. Ela já havia sido indiciada por corrupção, tráfico de influência e falsidade ideológica. Nomeada pelo ex-presidente Lula, Rosemary foi mantida no cargo pela presidente Dilma e acabou demitida após revelações da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.
Outras 23 pessoas foram indiciadas no inquérito, entre elas o ex-diretor da ANTAG (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Tiago Pereira Lima, que vai responder por corrupção passiva.
O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi ao congresso esta semana e afirmou que a PF tem autonomia e que não havia indício de quadrilha na Presidência da República. Neste sábado (8), em nota, o ministro afirmou que, caso surgissem novos elementos, essa convicção poderia ser revista.

Entre os indiciados, estão também servidores da Agência Nacional de Águas, Agência Nacional de Aviação Civil, Advocacia Geral da União, Ministério da Educação, Secretaria do Patrimônio da União e Gabinete da Presidência da República em São Paulo.
Além dos crimes de formação de quadrilha, corrupção, tráfico de influência e falsidade ideológica, as investigações indicam que foram cometidos também crimes de violação de sigilo funcional e falsificação de documento. Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa, chefiada pelo ex-diretor da Agência Nacional de Águas, Paulo Vieira, influenciava a elaboração de pareceres técnicos fraudulentos em órgão federais para beneficiar interesses internos.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a operação foi encerrada em prazo recorde e é a primeira vez desde 2003 que a PF em São Paulo conclui o relatório final de uma operação complexa em duas semanas.
No entanto, a PF não quis comentar o prazo de conclusão do inquérito e declarou que está analisando o conteúdo de computadores apreendidos, que será encaminhado à Justiça em três meses. Agora, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que pode oferecer denúncia, pedir mais investigações ou arquivar o caso.
(G1)

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