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Pesquisadores desenvolvem ‘atlas’ do sistema imunológico

Linfócito T

Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, criaram o primeiro ‘atlas’ das células do sistema imunológico do corpo humano, descrevendo a função e distribuição dos linfócitos T em pessoas saudáveis. Essas descobertas podem impactar no desenvolvimento de novas vacinas e imunoterapias (tratamentos para câncer que promovem a estimulação do sistema imunológico). O estudo foi publicado online na edição deste mês do periódico Immunity

Os linfócitos T, também chamados de células T, são células do sangue e principais responsáveis pela defesa do organismo. Existem diversos subtipos dessas células, que protegem o organismo contra doenças, agentes patológicos e corpos estranhos.
Para estudar as células T, os pesquisadores utilizaram amostras de tecido humano, obtidas a partir de 24 indivíduos doadores de órgãos. As amostras foram recolhidas do baço, pulmão e intestinos. Os doadores tinham entre 15 e 60 anos e não apresentavam doenças crônicas ou imunológicas. O uso de tecidos humanos nesse estudo é um fator importante, pois a maior parte dos conhecimentos sobre células T humanas até o momento vinha de estudos realizados com o sangue, por ser mais fácil de obter amostras.
Mapeamento — Os pesquisadores descobriram através dessa análise que cada tecido apresenta uma certa quantidade de células T e uma proporção específica dos diferentes tipos dessa célula compondo um todo, que se manteve muito simular em todos os doadores, apesar das diferenças de idade e estilo de vida. Além disso, eles observaram que as células T presentes nos tecidos não são iguais àquelas que circulam no sangue.
De acordo com os autores do estudo, esse conhecimento sobre o sistema imunológico de indivíduos saudáveis pode ser utilizado para melhorar o entendimento de como cada tecido responde a doenças, podendo ajudar na confecção de vacinas. “Para fazer vacinas melhores, pode ser necessário gerar uma resposta das células T no local da infecção, não na circulação de modo geral”, afirma Donna Farber, integrante do grupo de pesquisadores. Para isso, os autores afirmam que o próximo passo da pesquisa é descobrir quais são os tipos de células T presentes nos tecidos e sua função específica.
(Veja)

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