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Autismo e desafios da inclusão

Para ampliar a conscientização de todos,
alguns temas devem estar sempre em pauta. Um deles é o autismo, que atinge mais de
dois milhões de brasileiros, conforme dados da Organização das Nações Unidas
(ONU).
O diagnóstico precoce pode fazer enorme
diferença no desenvolvimento do indivíduo. Este, ainda que seja portador de
limitação física ou psíquica, possui a extraordinária capacidade para se
adaptar e alcançar importantes objetivos de vida. O mundo está repleto de
exemplos. O que falta às vezes é o devido investimento no Capital de Deus, ou
seja, na própria criatura humana.
SINTOMAS E CUIDADOS
Alguns autistas apresentam determinadas
habilidades que superam as da média da população. “Eles têm bastante facilidade para números, decorar, resolver
expressões matemáticas e para várias questões diferenciadas da vida. Mas não
conseguem dar funcionalidade a isso”, explica a
assistente social Simone Bruschi.
Um ponto que prejudica o acompanhamento
especializado do autista é, num primeiro momento, a negação do problema,
situação frequente no seio familiar.  Simone,
integrante da Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social
(Abads), em entrevista ao programa “Sociedade Solidária”, da Boa Vontade TV
(canal 23 da SKY), comenta: “Quando falamos do autismo, abordamos algo que não
se pode identificar por exame de sangue, eletroencefalograma, tomografia. E o
diagnóstico é muito difícil de ser aceito pela família. Existe a avaliação
clínica — que é muito rica —, porém, os familiares sempre questionam: ‘Ah, não. Acho que pode ser algo diferente’”.
Nesses casos, de acordo com Simone, devem-se
buscar outros profissionais, inclusive para que também eles se envolvam na vida
dessa família, dessa criança ou desse adolescente.
É fundamental procurar um especialista ao
perceber na criança qualquer indício constante de preferir ficar sozinha, de
apatia diante dos brinquedos, de não reclamar por ser deixada no berço, em vez do
colo dos pais. “Existem famílias que só começam a levar para o tratamento na
idade escolar, quando o professor sinaliza: ‘Olha, o seu filho precisa de
auxílio’. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as possibilidades de
tratamento.”
Simone ressalta que “algumas pessoas com autismo podem apresentar uma deficiência
intelectual, mas não é necessariamente uma regra”.
E aí entra um desafio, o de inserir no mercado
de trabalho portadores de deficiência intelectual. “É
mais fácil — não sei se posso usar essa expressão — contratar um jovem com
deficiência física, por conta das acessibilidades existentes, do que alguém
com deficiência intelectual, para o que não temos ainda
a tecnologia assistiva. Por isso, é um desafio
para o consultor de emprego apoiado. Ele tem de ir à empresa e provar que a pessoa com transtorno é capaz. É necessário
um trabalho de sensibilização tanto com os empregados e colaboradores
quanto com os empregadores e a família”.
É preciso ampliar as
condições para a inclusão social dos portadores de qualquer deficiência,
seja física, seja intelectual.
23
ANOS IRRADIANDO PAZ
No sábado, 20/10, tive a honra de comandar a
sessão solene dos 23 anos do Templo da Boa Vontade. Milhares de peregrinos
vindos de várias partes do Brasil e exterior superlotaram os ambientes do
Templo da Paz e do ParlaMundi da LBV.
O
tema desse ano foi “O Mistério de Deus Revelado”, numa alusão ao Apocalipse de
Jesus, 10:7. Dentre os assuntos abordados, apresentei trechos de minha obra:
“Jesus, a dor e a origem
de Sua Autoridade”, que em breve lançarei. 

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