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Oposição não descarta união no 2º turno

Após a novela sobre a união das oposições em Salvador para enfrentar a candidatura do petista Nelson Pelegrino, que durou os primeiros cinco meses de 2012, duas candidaturas foram lançadas a partir dessas conversas, inicialmente a dobradinha DEM-PSDB e o voo solo do PMDB.
A falta de entrosamento entre os opositores ao Governo do Estado, porém, não parece influenciar na decisão sobre apoios num eventual segundo turno, mesmo com os ataques do peemedebista Mário Kertész à postura adotada por democratas e tucanos, que serão encabeçados pelo deputado federal ACM Neto (DEM) na eleição de outubro. 
Dirigentes dos três partidos garantem que, apesar de frustradas as negociações no momento, a união das oposições não está complemente descartada se apenas uma das candidaturas passar pelo crivo popular na primeira etapa da eleição.

Para o presidente estadual do DEM, José Carlos Aleluia, ainda não é o momento para se discutir aliançasno segundo turno. “Não eliminamos qualquer tipo de aliança, mas vamos trabalhar para não ter segundo turno. O que é disputado no primeiro turno é a discussão das propostas, o segundo não pode ser discutido agora”
 
Com relação às críticas de Kertész, Aleluia tratou como uma estratégia definida pelo partido. “É natural de quem quer se firmar no campo político”, defendeu o democrata.
 
Já o dirigente estadual tucano, Sérgio Passos, sugeriu que o comentário do radialista sobre a “jamanta de São Paulo” do PSDB, que sepultou a pré-candidatura de Antonio Imbassahy, “é uma ideia que continua pairando no mundo político”. Segundo Passos, “o próprio PMDB estimula” o posicionamento de representantes municipais do PSDB, que insistem no nome de Imbassahy na disputa pelo Palácio Thomé de Souza. 
 
Apesar de responder à crítica, o tucano também não vê qualquer impedimento de uma eventual aliança no segundo turno. “No primeiro, vamos apresentar visões diferentes de posicionamentos parecidos. No segundo turno não está descartada uma união entre os partidos”, afirmou Passos.
 
O discurso do presidente estadual do PMDB, deputado federal Lucio Vieira Lima, não elimina a hipótese de alianças no segundo turno, porém ele garante que o candidato peemedebista estará nessa disputa. 
“O problema de apoiar é que estaremos lá. Quando entramos na eleição é para chegar à vitória. Não trabalhamos com a hipótese de não vencer”, completou. Ele ressalta, entretanto, que a discussão sobre alianças numa eventual disputa em dois turnos não pode ser feita agora. “Tem que aguardar para ver quem vai estar lá no segundo turno”, pondera. 
 
Otimismos à parte, tanto DEM-PSDB quanto PMDB sabem que, na hipótese de uma eleição em dois turnos, a não união das oposições abre total espaço para uma candidatura governista.

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