Conturbação política faz Aécio antecipar 2014
A tática já foi definida pelo PSDB: reservar parte das campanhas municipais para os temas nacionais. A estratégia também é clara: antecipar-se à disputa que virá em 2014, colocando-se, já, como alternativa de poder nas eleições do sucessor da presidenta Dilma Rousseff. O comandante responsável também já se apresentou: é o senador e ex-governador mineiro Aécio Neves.
Esta semana, o presidenciável tucano, juntamente com a cúpula nacional do PSDB e 60 pré-candidatos das 100 maiores cidades do país, debateram os rumos da campanha deste ano. Embora a disputa seja pelas prefeituras, o foco no nacional não poderá ser renegado. Em linhas gerais, temas como segurança pública, saúde e economia serão enfocados pelos tucanos na TV.
A tática serve bem aos interesses estratégicos do senador Aécio Neves, que quer a cada dia firmar-se como a opção dos tucanos para 2014. O último candidato a presidente do partido, José Serra, que tentará a Prefeitura de São Paulo, por sinal, não participou da reunião. Melhor ainda para o senador mineiro, que fez a sua defesa do que acha o melhor para a campanha de hoje: pensar no amanhã, ou, mais claramente, daqui a dois anos, quando serão definidos os próximos governadores de estado e o presidente da República. No encontro estadual do PSDB em Minas, na semana passada, Aécio Neves não poderia ser mais claro: “O resultado eleitoral em 2012 é que vai garantir o caminho da nossa participação no pleito de 2014”.
A aposta é que o país não conseguirá retomar a contento o crescimento da economia, ao menos nos níveis desejados ou imaginados anteriormente. O atual período conturbado politicamente, com uma CPI que pode enfraquecer partidos e episódios como o que envolveu o ex-presidente Lula e o ministro do STF, Gilmar Mendes, também favoreceriam a tática tucana.
Outra recomendação é, desta vez, não deixar de lado o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na presidência (1995-2002). Veja o que disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, no encontro tucano em Brasília: “Nas últimas campanhas de presidente, nós fizemos um erro muito forte. No primeiro momento, nos colocamos para baixo, preocupados com a rejeição ao FHC”, afirmou, completando: “O conteúdo era sempre ‘sou um excelente candidato e eu posso fazer melhor do que o Lula fez’, ou seja, nós do PSDB nos apresentávamos como alguém que queria continuar o Lula e fazer melhor do que o candidato do Lula.”
Uma crítica, tardia, ao discurso de José Serra nas eleições de 2010, quando o tucano mostrou imagens em que aparecia juntamente com Lula e até tentou convencer o eleitor de que as relações entre o criador e a criatura (Lula e Dilma) não estariam bem. O eleitor, é claro, achou tudo muito estranho e deu a vitória à candidata escolhida por Lula.
Esse é, de novo, o grande risco para o PSDB: o eleitor vai entender desta vez? Às voltas com candidatos a vereador que prometerão resolver problemas como o congestionamento dos cruzamentos da rua “A” com a avenida “B”; e com postulantes à prefeitura que garantirão solucionar o impasse do metrô – ou da falta de metrô -, será que ele dará atenção a temas como a “concentração tributária” e a “necessidade de um novo pacto federativo” no país?(247)
A tática já foi definida pelo PSDB: reservar parte das campanhas municipais para os temas nacionais. A estratégia também é clara: antecipar-se à disputa que virá em 2014, colocando-se, já, como alternativa de poder nas eleições do sucessor da presidenta Dilma Rousseff. O comandante responsável também já se apresentou: é o senador e ex-governador mineiro Aécio Neves.
Esta semana, o presidenciável tucano, juntamente com a cúpula nacional do PSDB e 60 pré-candidatos das 100 maiores cidades do país, debateram os rumos da campanha deste ano. Embora a disputa seja pelas prefeituras, o foco no nacional não poderá ser renegado. Em linhas gerais, temas como segurança pública, saúde e economia serão enfocados pelos tucanos na TV.
A tática serve bem aos interesses estratégicos do senador Aécio Neves, que quer a cada dia firmar-se como a opção dos tucanos para 2014. O último candidato a presidente do partido, José Serra, que tentará a Prefeitura de São Paulo, por sinal, não participou da reunião. Melhor ainda para o senador mineiro, que fez a sua defesa do que acha o melhor para a campanha de hoje: pensar no amanhã, ou, mais claramente, daqui a dois anos, quando serão definidos os próximos governadores de estado e o presidente da República. No encontro estadual do PSDB em Minas, na semana passada, Aécio Neves não poderia ser mais claro: “O resultado eleitoral em 2012 é que vai garantir o caminho da nossa participação no pleito de 2014”.
A aposta é que o país não conseguirá retomar a contento o crescimento da economia, ao menos nos níveis desejados ou imaginados anteriormente. O atual período conturbado politicamente, com uma CPI que pode enfraquecer partidos e episódios como o que envolveu o ex-presidente Lula e o ministro do STF, Gilmar Mendes, também favoreceriam a tática tucana.
Outra recomendação é, desta vez, não deixar de lado o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na presidência (1995-2002). Veja o que disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, no encontro tucano em Brasília: “Nas últimas campanhas de presidente, nós fizemos um erro muito forte. No primeiro momento, nos colocamos para baixo, preocupados com a rejeição ao FHC”, afirmou, completando: “O conteúdo era sempre ‘sou um excelente candidato e eu posso fazer melhor do que o Lula fez’, ou seja, nós do PSDB nos apresentávamos como alguém que queria continuar o Lula e fazer melhor do que o candidato do Lula.”
Uma crítica, tardia, ao discurso de José Serra nas eleições de 2010, quando o tucano mostrou imagens em que aparecia juntamente com Lula e até tentou convencer o eleitor de que as relações entre o criador e a criatura (Lula e Dilma) não estariam bem. O eleitor, é claro, achou tudo muito estranho e deu a vitória à candidata escolhida por Lula.
Esse é, de novo, o grande risco para o PSDB: o eleitor vai entender desta vez? Às voltas com candidatos a vereador que prometerão resolver problemas como o congestionamento dos cruzamentos da rua “A” com a avenida “B”; e com postulantes à prefeitura que garantirão solucionar o impasse do metrô – ou da falta de metrô -, será que ele dará atenção a temas como a “concentração tributária” e a “necessidade de um novo pacto federativo” no país?(247)
A tática já foi definida pelo PSDB: reservar parte das campanhas municipais para os temas nacionais. A estratégia também é clara: antecipar-se à disputa que virá em 2014, colocando-se, já, como alternativa de poder nas eleições do sucessor da presidenta Dilma Rousseff. O comandante responsável também já se apresentou: é o senador e ex-governador mineiro Aécio Neves.
Esta semana, o presidenciável tucano, juntamente com a cúpula nacional do PSDB e 60 pré-candidatos das 100 maiores cidades do país, debateram os rumos da campanha deste ano. Embora a disputa seja pelas prefeituras, o foco no nacional não poderá ser renegado. Em linhas gerais, temas como segurança pública, saúde e economia serão enfocados pelos tucanos na TV.
A tática serve bem aos interesses estratégicos do senador Aécio Neves, que quer a cada dia firmar-se como a opção dos tucanos para 2014. O último candidato a presidente do partido, José Serra, que tentará a Prefeitura de São Paulo, por sinal, não participou da reunião. Melhor ainda para o senador mineiro, que fez a sua defesa do que acha o melhor para a campanha de hoje: pensar no amanhã, ou, mais claramente, daqui a dois anos, quando serão definidos os próximos governadores de estado e o presidente da República. No encontro estadual do PSDB em Minas, na semana passada, Aécio Neves não poderia ser mais claro: “O resultado eleitoral em 2012 é que vai garantir o caminho da nossa participação no pleito de 2014”.
A aposta é que o país não conseguirá retomar a contento o crescimento da economia, ao menos nos níveis desejados ou imaginados anteriormente. O atual período conturbado politicamente, com uma CPI que pode enfraquecer partidos e episódios como o que envolveu o ex-presidente Lula e o ministro do STF, Gilmar Mendes, também favoreceriam a tática tucana.
Outra recomendação é, desta vez, não deixar de lado o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na presidência (1995-2002). Veja o que disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, no encontro tucano em Brasília: “Nas últimas campanhas de presidente, nós fizemos um erro muito forte. No primeiro momento, nos colocamos para baixo, preocupados com a rejeição ao FHC”, afirmou, completando: “O conteúdo era sempre ‘sou um excelente candidato e eu posso fazer melhor do que o Lula fez’, ou seja, nós do PSDB nos apresentávamos como alguém que queria continuar o Lula e fazer melhor do que o candidato do Lula.”
Uma crítica, tardia, ao discurso de José Serra nas eleições de 2010, quando o tucano mostrou imagens em que aparecia juntamente com Lula e até tentou convencer o eleitor de que as relações entre o criador e a criatura (Lula e Dilma) não estariam bem. O eleitor, é claro, achou tudo muito estranho e deu a vitória à candidata escolhida por Lula.
Esse é, de novo, o grande risco para o PSDB: o eleitor vai entender desta vez? Às voltas com candidatos a vereador que prometerão resolver problemas como o congestionamento dos cruzamentos da rua “A” com a avenida “B”; e com postulantes à prefeitura que garantirão solucionar o impasse do metrô – ou da falta de metrô -, será que ele dará atenção a temas como a “concentração tributária” e a “necessidade de um novo pacto federativo” no país?(247)