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Greve :Professores particulares paralisam

A onda de greves instalada na cidade parece não ter fim. Além dos rodoviários e professores estaduais, os docentes da rede particular também podem suspender as atividades, a partir de hoje. 
A diretoria do Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro-Ba) e as escolas de educação básica que aderiram ao movimento paralisam as atividades no primeiro turno de hoje, e, às 8 horas, irão reunir-se em assembleia no auditório do Colégio Dois de Julho, Garcia, onde devem iniciar greve. 

As principais causas para adoção da medida e a exigência do reajuste salarial e a falta de acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia (Sinepe – Ba), em relação a pauta de reivindicações. 
O documento proposto possui 58 cláusulas nas quais a categoria pede proteção ao trabalhador, pagamento da hora-extra com valor proporcional a 150% do valor da aula-normal, indenização caso ocorra dispensa durante o ano letivo, adicional por qualificação profissional e pesquisa,  remuneração pelo trabalho de preparação e correção das avaliações de segunda chamada, em 75% do valor cobrado pelo estabelecimento, entre outras.
 
De acordo com Cristina Solto, diretora do Sinpro – BA, inúmeras reuniões foram organizadas e até o momento não houve acordo, o que pode gerar o início de uma greve a partir de hoje.
“É muito triste reunir nossa categoria em cada assembleia e avisar que, mais uma vez, não houve acordo com o Sinepe. Não existe um fator específico para motivar a greve e sim vários. Queremos o reajuste salarial de acordo com a tabela do INPC mais 10% de ganho real, porém os estabelecimentos só querem dar 5%”, explicou.
 
Solto ainda ressaltou que a medida não tem ligação com a greve dos professores da rede estadual. “Somos sindicatos totalmente diferentes e não estamos aderindo o movimento da rede estadual. Queremos apenas um pouco de atenção para nossa situação e um acordo que deixe a categoria satisfeita”, explicou a sindicalista.
 
Segundo Natálio Dantas, presidente do Sinepe, o indicativo de greve dos professores é uma surpresa. “Na última reunião, ocorrida ontem (anteontem), o sindicato disse que iria levar nossa proposta. 
No dia seguinte, ficamos surpresos ao sabermos da possibilidade de greve”, disse. Dantas ainda ressaltou que não há motivos para a greve, mas a categoria pode estar sendo influenciada pela iniciativa de outros trabalhadores da cidade.
“A inflação está em 4,84%, nós oferecemos 5% e eles não aceitaram. Não estamos devendo nada aos professores e não há motivos para isso, mas como a greve está ‘pipocando’ na cidade, eles (professores) se acham no direito de fazer também”, afirmou. 
 
Não é a primeira vez que os educadores da rede particular de ensino organizam protesto. Ano passado, a categoria decidiu realizar paralisações de no mínimo 15 minutos, após os horários de intervalos nos dia 31/05 e 01/06. Meses depois, outra tímida manifestação, desta vez com 50 minutos de duração, foi realizada.
Já os professores estaduais estão mobilizados a cerca de 45 dias reivindicando aumento imediato de 15,7% mais os 6,5% concedidos no início do ano, totalizando o mesmo percentual do reajuste do piso nacional da Educação (22,2%)

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