Após julgamento de dissídio, rodoviários se reúnem para decidir sobre fim da greve
Terminou, por volta de 16h desta sexta-feira (25), no Tribunal Regional de Trabalho (TRT-5), o julgamento dos dissídios de greve envolvendo os rodoviários de Salvador e intermunicipais. Agora, os grevistas se reúnem em assembleia para avaliar a decisão do TRT.
O julgamento do dissídio estabeleceu o reajustede 7,5% nos salários e um aumento no tíquete alimentação para R$11,22, além da volta do quinquênio, de acordo com informações da assessoria de comunicação do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps).
O julgamento do dissídio estabeleceu o reajustede 7,5% nos salários e um aumento no tíquete alimentação para R$11,22, além da volta do quinquênio, de acordo com informações da assessoria de comunicação do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps).
A greve foi considerada abusiva pela desembargadora responsável pelo julgamento, mas os rodoviários deixaram a sede do TRT gritando que a greve da categoria continua. A decisão da manutenção da greve será tomada pelos rodoviários em assembleia no ginásio de esportes do Sindicato dos Bancários, nos Aflitos.
Atualmente, os rodoviários recebem R$ 1.379 e têm direito cada mês a 26 tíquetes-alimentação de R$ 10,70, com desconto de 20% no salário. Eles pedem um aumento de 13,8% no salário, retorno do pagamento do qüinqüênio, e o aumento na quantidade e valor dos tíquetes, passando para 30 tíquetes, de R$ 12 cada, com desconto de 10% no salário.
O quinquênio, que era pago até 2006 e foi suspenso após acordo mediado pelo TRT, concede reajuste de 5% para cada cinco anos de contrato. O Setps mantém proposta de 4,98% de reajuste ao salário e ao tíquete, e se nega a conceder o quinquênio e o aumento no número de tíquetes-alimentação.
A greve da categoria teve início à 0h de quarta-feira (23), depois que a última reunião entre rodoviários e empresários do setor de transporte, realizada na sede do TRT, terminou sem acordo. Só em Salvador, a greve afeta mais de 1 milhão de pessoas.
Sem ônibus para o interior
Os ônibus que fazem linha para as cidades do interior da Bahia com origem na Rodoviária de Salvador também não estão circulando desta quarta-feira (23) em razão da greve.
Os 540 horários oficiais de ônibus que saem do terminal rodoviário de Salvador foram suspensos. Os guichês das empresas que operam pelo terminal também suspenderam a venda das passagens, inclusive as antecipadas, por tempo indeterminado.
Quem tem passagem comprada e não conseguir viajar tem o direito do ressarcimento integral, ou solicitar que a data seja remarcada. Esses serviços têm de ser realizados nos guichês das companhias.
Durante o período da greve, a Agerba (agência estadual que fiscaliza os transportes) e a Transalvador decidiram liberar a circulação do transporte clandestino. “Não tem outra alternativa, tem que valer de transporte solidário e dos clandestinos mesmo. O alternativo torna-se essencial”, justificou o superintendente da Transalvador, Alberto Gordilho.
R$ 150 mil de multa
Desde o primeiro dia de paralisação, os rodoviários descumpriram a determinação da Justiça de pôr nas ruas 40% da frota de 2.742 ônibus nos horários habituais e 60% nos horários de pico. A multa para o não cumprimento é de R$ 50 mil, acumulando um total de R$ 150 mil.
O sindicalista Euvaldo Alves afirmou que deverá recorrer da decisão. “Vamos apresentar nossa defesa, a culpa aí não é do sindicato”, assegurou.
Diante do descumprimento da liminar judicial, a Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador) determinou a circulação da frota de 278 micro-ônibus do Sistema de Transporte Especial Complementar (STEC). O transporte alternativo, no entanto, não dá conta da demanda de passageiros.
O quinquênio, que era pago até 2006 e foi suspenso após acordo mediado pelo TRT, concede reajuste de 5% para cada cinco anos de contrato. O Setps mantém proposta de 4,98% de reajuste ao salário e ao tíquete, e se nega a conceder o quinquênio e o aumento no número de tíquetes-alimentação.
A greve da categoria teve início à 0h de quarta-feira (23), depois que a última reunião entre rodoviários e empresários do setor de transporte, realizada na sede do TRT, terminou sem acordo. Só em Salvador, a greve afeta mais de 1 milhão de pessoas.
Sem ônibus para o interior
Os ônibus que fazem linha para as cidades do interior da Bahia com origem na Rodoviária de Salvador também não estão circulando desta quarta-feira (23) em razão da greve.
Os 540 horários oficiais de ônibus que saem do terminal rodoviário de Salvador foram suspensos. Os guichês das empresas que operam pelo terminal também suspenderam a venda das passagens, inclusive as antecipadas, por tempo indeterminado.
Quem tem passagem comprada e não conseguir viajar tem o direito do ressarcimento integral, ou solicitar que a data seja remarcada. Esses serviços têm de ser realizados nos guichês das companhias.
Durante o período da greve, a Agerba (agência estadual que fiscaliza os transportes) e a Transalvador decidiram liberar a circulação do transporte clandestino. “Não tem outra alternativa, tem que valer de transporte solidário e dos clandestinos mesmo. O alternativo torna-se essencial”, justificou o superintendente da Transalvador, Alberto Gordilho.
R$ 150 mil de multa
Desde o primeiro dia de paralisação, os rodoviários descumpriram a determinação da Justiça de pôr nas ruas 40% da frota de 2.742 ônibus nos horários habituais e 60% nos horários de pico. A multa para o não cumprimento é de R$ 50 mil, acumulando um total de R$ 150 mil.
O sindicalista Euvaldo Alves afirmou que deverá recorrer da decisão. “Vamos apresentar nossa defesa, a culpa aí não é do sindicato”, assegurou.
Diante do descumprimento da liminar judicial, a Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador) determinou a circulação da frota de 278 micro-ônibus do Sistema de Transporte Especial Complementar (STEC). O transporte alternativo, no entanto, não dá conta da demanda de passageiros.
(CORREIO)