Presidente da Câmara de Salvador, Carlos Muniz, fala sobre o PDDU e cenários políticos futuros

Na manhã do dia 4 de abril, durante evento realizado no Centro de Convenções de Salvador, o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Muniz (PSDB), comentou sobre o futuro Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) da cidade e também sobre as articulações políticas para as eleições estaduais e nacionais.

Muniz ressaltou que o PDDU, que em breve chegará à Câmara Municipal para apreciação, será amplamente discutido com a população. O objetivo é promover pelo menos 20 audiências públicas, passando por subprefeituras, bairros e diversas comunidades, garantindo o envolvimento popular no debate sobre o futuro urbano da capital baiana.

Durante entrevista ao site Visão Cidade, Muniz falou ainda sobre as movimentações políticas dentro do PSDB, a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, à Presidência da República, e a indefinição quanto ao nome da oposição ao governo da Bahia. Confira os principais trechos da conversa:

Visão Cidade:
Presidente Carlos Muniz, o senhor está presente hoje no lançamento da pré-candidatura de Ronaldo Caiado, do PSDB. Qual a articulação por trás disso? Quais os compromissos?

Carlos Muniz:
Na verdade, essa é uma visita institucional. Estou aqui como presidente da Câmara de Salvador, acompanhando a entrega do título de cidadão baiano e da Comenda 2 de Julho ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Caso o PSDB venha a oficializar uma candidatura presidencial, estarei com o candidato que o partido indicar, seja para presidente ou governador.

Visão Cidade:
Sobre o PDDU de Salvador, como será o processo? Já existem cobranças da oposição, mesmo antes de o projeto chegar à Casa. As audiências públicas já começaram?

Carlos Muniz:
A expectativa é que o PDDU chegue à Câmara no segundo semestre. Um tema tão importante e delicado como esse não pode ser votado com pressa. Vamos realizar, no mínimo, 20 audiências públicas — mas acredito que será necessário fazer ainda mais. Salvador pode ter certeza de que votaremos o projeto com o maior conhecimento e participação possível da população. Talvez o resultado final não agrade a todos, mas a transparência será garantida.

Visão Cidade:
Hoje Caiado lança sua pré-candidatura à Presidência pelo União Brasil. E em relação à oposição ao governo do Estado? Ainda não há definição: pode ser Bruno Reis, ACM Neto ou João Roma. O senhor acredita que já deveria haver um nome definido?

Carlos Muniz:
O governador Ronaldo Caiado aproveitou a homenagem que recebeu hoje para lançar sua pré-candidatura à Presidência. É um movimento legítimo. Agora, em relação ao governo da Bahia, realmente ainda não temos um nome definido na oposição. Seria importante que esse nome fosse apresentado o quanto antes. Mas isso depende da vontade de cada liderança. Até agora, não vimos ninguém com essa disposição de forma clara.

Visão Cidade:
O PSDB parece firme em esperar a definição de quem será o nome da oposição para o governo. Mas com o lançamento de Caiado, o partido já tem seu nome para a presidência?

Carlos Muniz:
Não, o PSDB ainda não tem candidatos definidos, nem para governador da Bahia, nem para a Presidência. Reforço que minha presença aqui hoje é institucional, como presidente da Câmara de Salvador. Quando o partido definir seus candidatos, estarei junto com eles. No momento certo, o PSDB tomará essa decisão.

Visão Cidade:
O senhor é um dos principais articuladores da capital. No interior, observamos um esvaziamento em torno do nome de ACM Neto. Muitos prefeitos que o apoiaram em 2022 agora declaram apoio ao governador Jerônimo. Como a capital enxerga esse movimento? Isso pode enfraquecer uma eventual candidatura de Neto?

Carlos Muniz:
Sem dúvida, é um problema. Quando se perde apoio de lideranças que estiveram com você no passado, é um sinal de alerta. Acho que algo precisa ser feito para mudar esse cenário. Se ACM Neto realmente quiser ser o candidato da oposição ao governo do Estado, ele precisa reagir e trabalhar para reconquistar esses apoios.

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