Uma verdadeira incógnita
Diz-se que há uma briga entre o rochedo e o mar. Diz-se, pois a natureza é soberana a qualquer dito popular. No desfecho desse embate, afirmam que quem sofre são as ostras. No entanto, tudo o que ocorre na natureza tem um significado muito maior do que a imaginação humana pode alcançar.
Essa analogia nos leva a um tema complexo e de difícil compreensão, onde, muitas vezes, os fatos são distorcidos e os interesses sobrepõem-se à verdade. Falamos da política e de seus principais protagonistas: eleitores e políticos. Trata-se de um jogo no qual acreditar se faz necessário, mas os resultados posteriores deixam um grande ponto de interrogação. Existe uma distância abismal entre promessas, compromissos e lealdade, tornando o desfecho previsível: frustração e descrença.
Vivemos em uma era de instabilidade econômica sem precedentes, conflitos armados que opõem nações e ceifam vidas inocentes por interesses políticos, econômicos e territoriais. Todos esses embates estão enraizados em ambições pessoais e na incessante necessidade de demonstração de poder, enquanto a população permanece à margem, pagando o preço pelas decisões alheias.
Na política, as disputas seguem a mesma lógica: candidatos fazem promessas, eleitores se comprometem de diferentes formas, e no final, tudo se repete. Um tenta enganar o outro, e o verdadeiro compromisso desaparece. Entre discursos vazios e falsas esperanças, a lealdade se dissolve, e cada lado acredita que levou vantagem – até perceber que, no fim, nada mudou.
Diante disso, surge a grande questão: onde está o erro?
Visão Cidade