Secretário da SEINFRA concede entrevista ao site Visão Cidade-Parte III
O secretário da SEINFRA de Salvador, Luiz Carlos, concedeu uma entrevista aos sites Visão Cidade e Repórter Hoje, esclarecendo diversos pontos sobre a atuação da Secretaria de Infraestrutura no município. Durante a conversa, abordou temas como os programas Minha Casa, Minha Vida, Morar Melhor e o Periférico de Salvador, demonstrando profundo conhecimento sobre as iniciativas e reafirmando o compromisso da gestão municipal.
Minha Casa, Minha Vida
Visão Cidade
O Minha Casa, Minha Vida é um programa do governo federal. Qual o papel da SEINFRA dentro desse projeto?
Luiz Carlos
O município tem um papel fundamental nesse processo. A seleção dos beneficiários é feita pela Prefeitura, que em breve disponibilizará uma plataforma para inscrição. Isso ocorre porque a nova portaria federal alterou o critério de escolha: antes era por sorteio, agora é por hierarquização, beneficiando aqueles que acumulam mais pontos de acordo com critérios sociais, como:
Mulheres chefes de família
Pessoas negras, quilombolas, deficientes ou idosas
Beneficiários do Bolsa Família
Moradores de áreas de risco ou alagamento
O município tem um papel de intermediador entre os beneficiários e a Caixa Econômica Federal, que formaliza os contratos. Além disso, a Prefeitura também participa diretamente, cedendo terrenos e recursos para viabilizar os projetos. Por exemplo, em Nova Constituinte, foram investidos R$ 8 milhões para garantir a construção de 200 unidades habitacionais. No total, Salvador terá 1.700 moradias entregues até 2027.
Visão Cidade
Após o anúncio do Minha Casa, Minha Vida em Piripiri, muitas pessoas querem saber como se inscrever. Quem já estava cadastrado será incluído automaticamente nesse novo processo?
Luiz Carlos
Não. As inscrições antigas não têm mais validade, pois o site federal foi desativado. Agora, todo o processo será feito pelo portal Casa Vida Salvador (casavida.salvador.ba.gov.br), onde os interessados preencherão um formulário detalhando sua situação de vulnerabilidade social.
Os critérios exigem que a renda familiar não ultrapasse R$ 2.600 e que todas as informações declaradas sejam comprovadas posteriormente. Por exemplo, se alguém declarar morar em área de risco, precisará apresentar um laudo da CODEZAL anterior ao cadastro. O mesmo vale para mulheres vítimas de violência doméstica, que devem ter registros de ocorrência na delegacia antes da inscrição.
Diferente do modelo antigo, que funcionava por sorteio, agora a seleção será baseada na pontuação dos candidatos, garantindo que aqueles em maior vulnerabilidade tenham prioridade.
Alerta à população
Aproveito para alertar a população sobre golpes envolvendo associações. Algumas entidades estão cobrando taxas e prometendo vantagens no cadastro do programa, mas isso não tem qualquer influência na seleção dos beneficiários. O preenchimento correto dos dados e a apresentação de documentos comprobatórios são os únicos fatores que garantem a participação no Minha Casa, Minha Vida.
Visão Cidade