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Futebol Baiano: Fadado ao fim?

O futebol baiano enfrenta um futuro incerto, resultado de uma administração desastrosa e repleta de situações absurdas envolvendo clubes e a Federação Bahiana de Futebol (FBF). O cenário é preocupante, especialmente para os clubes do interior, que muitas vezes sequer possuem um estádio em condições para sediar suas partidas. Como consequência, são obrigados a atuar em cidades vizinhas, pulando de campo em campo devido à falta de estrutura e organização de seus próprios municípios.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a FBF, sob a gestão de seus dirigentes e do quadro arbitral, continuam permitindo que clubes sem mínima condição de competitividade participem dos campeonatos estaduais. Um exemplo disso ocorreu na última rodada da fase classificatória, quando duas equipes filiadas à FBF solicitaram – e tiveram concedido – o cancelamento de uma partida que seria realizada em Feira de Santana. O motivo? Ambas já estavam rebaixadas antecipadamente e não possuíam recursos para custear a viagem. Um reflexo da incompetência administrativa dentro e fora de campo.

Outro episódio recente evidencia a decadência do futebol baiano. Em uma das semifinais do campeonato estadual, um dos clubes classificados não pôde mandar seu jogo em seu próprio estádio, tendo que transferi-lo para Feira de Santana. Até aí, dentro das normas da federação. No entanto, a agremiação em questão decidiu aumentar significativamente o valor dos ingressos, sem justificativa clara. A majoração abusiva dos preços foi questionada pelo PROCON, e a justificativa do clube foi de que os custos logísticos e de aluguel do estádio exigiam tal reajuste. Embora esse argumento tenha certa lógica, por que essa preocupação com custos só surgiu agora?

A verdade é que o futebol da Bahia está em franco declínio, afastando cada vez mais o torcedor dos estádios. E o pior: tudo isso acontece com o aval da Federação Bahiana de Futebol.

Resta a pergunta: a quem interessa a degradação do futebol baiano? Um estado que já teve clubes como Redenção, Ypiranga, Galícia, além de Feira de Santana e Ilhéus com dois representantes cada, hoje se vê refém da desorganização e do desrespeito com seus torcedores.

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