Esporte

GP de Las Vegas: Verstappen leva tetracampeonato em vitória de Russell

A dominante vitória de George Russell e a dobradinha da Mercedes com o segundo lugar de Lewis Hamilton no GP de Las Vegas, na madrugada deste domingo, foram eclipsadas pela grande estrela do fim de semana – Max Verstappen, o mais novo tetracampeão da F1. Quinto colocado na corrida, o holandês da RBR garantiu seu título com duas etapas de antecedência. Carlos Sainz completou o pódio da prova, em terceiro lugar.

Max cruzou a linha de chegada na mesma posição em que largou: quinto lugar. Entretanto, chegou a ocupar a vice-liderança e também o terceiro lugar, na metade final da disputa, até ser superado pelas Ferraris de Carlos Sainz e Charles Leclerc. Aumentando sua vantagem na tabela em um ponto, ele contou com a prova morna do rival Lando Norris, que não conseguiu ir além do sexto lugar.

Agora o quarto maior campeão da história da F1, o holandês igualou Sebastian Vettel, até então a maior estrela na história da RBR e dono dos primeiros quatro títulos da equipe austríaca. O mais novo tetracampeão também coloca seu nome ao lado de Alain Prost, igualando o ex-piloto francês.

A McLaren ainda pode ser campeã de construtores pela primeira vez em 26 anos: o time segue líder do Mundial de equipes, com 608 pontos: são 24 pontos a mais que a vice-líder Ferrari. A diferença para a terceira colocada RBR subiu de 49 para 53 pontos.

Hamilton voltou ao pódio após sete corridas de jejum, desde seu triunfo na Bélgica em julho. Ele e Russell, que faturou sua segunda vitória de 2024 e a terceira da carreira, conquistaram juntos a 60ª dobradinha da história da Mercedes.

Resultado
George Russell (Mercedes)
Lewis Hamilton (Mercedes)
Carlos Sainz (Ferrari)
Charles Leclerc (Ferrari)
Max Verstappen (RBR)
Lando Norris (McLaren)*
Oscar Piastri (McLaren)
Nico Hulkenberg (Haas)
Yuki Tsunoda (RB)
Sergio Pérez (RBR)
Fernando Alonso (Aston Martin)
Kevin Magnussen (Haas)
Guanyu Zhou (Sauber)
Franco Colapinto (Williams)
Lance Stroll (Aston Martin)
Liam Lawson (RB)
Esteban Ocon (Alpine)
Valtteri Bottas (Sauber)
Alexander Albon (Williams) – ABANDONOU
Pierre Gasly (Alpine) – ABANDONOU.

A F1 retorna já na próxima semana, em 1º de dezembro, com o GP do Catar. A corrida é válida como a 23ª e penúltima desta temporada. Veja o calendário.

Momentos-chave
A largada
Russell conseguiu contornar a primeira curva na liderança sem grandes ameaças, mas Sainz e Gasly não tiveram a mesma sorte, sendo ultrapassado por Leclerc ainda nos metros iniciais. Houve poucas mudanças no restante do grid, exceto por Magnussen, originalmente 12º, perdendo três posições e sendo superado por Zhou, Lawson e Alonso, e Pérez caindo de 15º para 16º.

Garantindo o título mesmo sem a vitória
Embora a vitória liquidasse de vez o campeonato, Verstappen ainda tinha a seu favor uma série de resultados – contanto que Norris não descontasse mais que três pontos dele. Por isso, não foi preciso forçar mais que o necessário exceto pelas manobras sobre Gasly, Leclerc e Sainz em dez voltas rumo à vice-liderança.

Leclerc e Norris abriram a janela de pit stops na volta dez; Max fez sua troca duas voltas depois e não demorou a recuperar sua posição original, cedida pelo colega da RBR e vice-líder provisório Pérez. A partir daí, ele não virou tempos tão competitivos e a diferença para o líder Russell foi crescendo. O holandês fez o segundo pit stop na 28ª volta, repetindo a estratégia com os pneus duros.

O holandês voltou para a pista na frente de Hamilton, cuja estratégia o havia ajudado a superar as Ferraris; Max foi ultrapassado pelo veterano na 31ª volta. A oito giros para o fim, foi a vez de Sainz passar o piloto da RBR pela última vaga do pódio. Duas voltas depois, Verstappen também acabou ultrapassado por Leclerc, mas ainda assim, garantiu a vantagem que necessitava no campeonato.

Norris bem que tentou; o britânico da McLaren visitou os boxes na penúltima volta para colocar os pneus macios e fazer a volta mais rápida. Mas como ele não conseguiu avançar para além da sexta colocação, o ponto extra não foi suficiente para evitar o match point de Verstappen.

Russell faz prova segura

Russell não conseguiu abrir uma larga distância para Leclerc nas cinco primeiras voltas e chegou a ser ultrapassado, mas conseguiu repelir o rival e, a partir daí, construir uma vantagem sólida apesar das mudanças nas posições adjacentes.

O britânico fez seu primeiro pit stop na 12ª volta e só perdeu a posição, de forma temporária, para o colega Hamilton. Recuperou-se três giros depois e não saiu mais da ponta mesmo parando uma segunda vez na 33ª volta. Sua vantagem chegou a 10s sobre os pilotos que se revezaram na vice-liderança, como Leclerc, Pérez, Verstappen e, por fim, seu companheiro da Mercedes.

Hamilton foi de décimo ao segundo lugar
Hamilton levou nove voltas para deslanchar, depois de manter-se em décimo na largada: primeiro, passou Hulkenberg e Piastri. Ele foi um dos últimos a fazer seu pit stop na primeira janela, na volta 14; retornou à pista em nono lugar e chegou a se queixar com a Mercedes, mas conseguiu ganhar três posições nos três giros seguintes.

O heptacampeão subiu mais uma colocação quando Pérez parou, e não demorou a aproximar-se de Leclerc. Porém, só conseguiu chegar perto, de fato, na 28ª volta: neste momento, a Ferrari pediu que seu piloto de Mônaco e Sainz invertessem as posições.

Em seguida, tanto Sainz quanto Hamilton cruzaram a linha dos boxes juntos, mas o espanhol voltou ao traçado no último segundo enquanto o heptacampeão prosseguiu com a troca ao mesmo tempo que Verstappen; a escuderia italiana justificou não estar pronta para o pit stop.

O piloto da Mercedes reapareceu em sexto lugar atrás do holandês da RBR – e ambos ganharam posições com as trocas de Sainz e Norris. No 32º giro, Lewis passou Max na pista; quando Leclerc foi para os boxes, ele assumiu de vez a vice-liderança da corrida.

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