Ceni diz que Bahia merecia vencer o Palmeiras e afirma que faltou malícia ao elenco
Apesar do Bahia ter completado contra o Palmeiras o sexto jogo sem vencer no Campeonato Brasileiro, o técnico Rogério Ceni preferiu olhar o duelo contra o time paulista pela ótica do copo meio cheio. Após o confronto na Fonte Nova, que terminou com uma derrota amarga por 2×1, o treinador afirmou que o Esquadrão foi superior ao rival e merecia um resultado melhor, mas lamentou as falhas em momentos estratégicos da partida.
“Temos que continuar jogando dessa maneira. Se a gente continuar criando oportunidades, dominando o jogo como foi hoje, em algum determinado momento as coisas viram. O que a gente não pode é oscilar, fazer um jogo como fizemos hoje, que merecíamos vencer, mas no futebol não tem essa coisa do justo ou injusto. Tivemos a bola, comemoramos o gol que foi impedido, Biel saindo na cara do gol… e teve uma bola que bate na trave e entra. Você cria muitas chances, não faz, o adversário vem aqui e não cria mais do que as duas que saíram os gols. Temos que nos concentrar nessas últimas quatro rodadas e vencer”, iniciou Ceni.
O treinador foi questionado sobre o objetivo do Bahia no Campeonato Brasileiro. O clube nunca escondeu o desejo de conquistar uma vaga na próxima Copa Libertadores, mas a sequência ruim deixou o G6 distante. Com a abertura de uma nova vaga para o torneio, a equipe baiana está a apenas um ponto da zona de classificação, mas precisa voltar a vencer para ter chance de disputar o torneio no próximo ano.
“Não é que o time se acomodou, não tem nada disso. Vamos brigar por aquilo que nós falamos. Na última coletiva eu disse que o 6º lugar não dava mais, pela pontuação, mas temos que brigar pelo 7º lugar, e se aparecer uma outra vaga… É bem verdade que as distâncias diminuíram, tem o Corinthians com 44, o Vasco que ainda joga, o Cruzeiro com um ponto a mais, mas temos que continuar com a nossa meta que é a pré-Libertadores. E se jogarmos dessa maneira como foi hoje, nós chegaremos”, analisou o treinador, antes de completar:
“O que falta muitas vezes é malícia. O jogador não pode puxar a bola dois metros e ninguém falar nada. A barreira não pode não andar. O jogador deles teve malícia, a falta foi na meia lua, o cara bateu um metro e meio atrás. Eu já fiz muito isso, tem que ter malícia de puxar, mas na barreira o Gabriel Xavier não pode estar do lado de fora, tem que estar onde passa a bola. São detalhes que fazem você vencer ou perder uma partida. Mas como conjunto de jogo, o que eu vou falar para esses caras? O time foi muito superior ao Palmeiras, mas não ganhou porque às vezes falta uma malícia em momentos chaves do jogo”.
O Bahia terá três dias para juntar os cacos em busca de uma virada no Brasileirão. Neste domingo (24), o tricolor recebe o Athletico-PR, na Fonte Nova. Contando com o duelo contra os paranaenses, o time baiano terá mais quatro jogos na temporada. A sequência tem ainda: Cuiabá, Corinthians e Atlético-GO.