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Sistema Ferry Boat: Um retrato de descaso e obsolescência

O sistema de ferry boat parece estar em um estado de abandono absoluto, com pouca ou nenhuma consideração pelo bem-estar de seus usuários. Desde o momento da compra dos bilhetes até o embarque, o passageiro é submetido a um tratamento precário. As embarcações são desconfortáveis, mal higienizadas, e os sanitários se encontram em condições deploráveis, muitas vezes impróprias para uso. A gestão do sistema promete melhorias, mas a realidade mostra que são contos fantasiosos em um cenário de falência prática.

Outro problema recorrente é a falta de acessibilidade. Pessoas com necessidades especiais – como cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida e deficientes visuais – enfrentam grandes dificuldades para utilizar o serviço, expondo-se a situações constrangedoras e perigosas.

A situação é agravada pela passividade do governo do estado da Bahia, responsável direto por essa operação ineficiente. É difícil levar a sério promessas de novas embarcações ou até de uma ponte, dadas as décadas de promessas não cumpridas. Essas promessas mirabolantes já deixaram a população cética, reforçando a sensação de descaso.

Recentemente, o governador afirmou que o sistema opera plenamente durante o verão. Porém, a realidade contradiz essa afirmação: nos últimos anos, os mesmos problemas se repetiram, inclusive na gestão atual, sem qualquer sinal de melhoria. “Quando teremos um transporte digno?” perguntam, incansáveis, os moradores da Ilha de Itaparica e os usuários do sistema.

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