Ireuda Silva repudia caso de racismo e cobra punição
A vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação da Câmara de Salvador, expressou “profunda indignação” diante do caso de racismo ocorrido em Belo Horizonte. O funcionário de um bar publicou um vídeo nas redes sociais proferindo comentários ofensivos e de teor racista.
O homem, identificado como Alessandro Pereira de Oliveira, de 36 anos, utilizou as redes sociais para ironizar e atacar a abolição da escravatura, afirmando que a Princesa Isabel, ao assinar a Lei Áurea, cometeu um erro.
“É, rapaz. Trabalhar em bar não é fácil, não. Tem que aturar cada uma! Maldita Princesa Isabel, que assinou aquela Lei Áurea para acabar com a escravidão”, disse Alessandro no vídeo, entre outras declarações de cunho racista que geraram revolta e foram alvo de investigação pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG).
Para Ireuda, casos como esse reforçam a necessidade de ações contundentes contra o racismo, que continua enraizado na sociedade. “A conduta dessa criatura, pois nem sei se podemos chamar de cidadão, é de uma selvageria incomparável. Este tipo de conduta não é uma piada, é um crime que fere não só os afro-brasileiros, mas toda a luta por igualdade e justiça”, afirma a vereadora.
Racismo estrutural
Ireuda cobra uma resposta rápida e firme das autoridades: “Precisamos de punição exemplar para casos como este, que evidenciam o racismo estrutural que assola o Brasil. Não podemos permitir que o ódio e o preconceito continuem a prosperar impunemente. O Ministério Público de Minas Gerais está fazendo o seu trabalho e espero que a justiça seja feita de maneira rigorosa”.
A vereadora também destacou a importância de fortalecer o combate ao racismo no âmbito legislativo e educacional. “É preciso mais do que apenas punir; é necessário investir em educação antirracista, que desconstrua essas mentalidades ultrapassadas e criminosas desde cedo. Racismo é crime e deve ser combatido com todo o rigor da lei”, conclui.
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