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Débora Régis venceu em Lauro de Freitas

Atual vereadora em segundo mandato, Débora enfrentou o candidato Rosalvo, apoiado pela atual prefeita, Moema Gramacho (PT), e ex-secretário na gestão petista. Ela teve 59,61% dos votos contra 40,39% do outro candidato.

A vitória de Débora representa também o fim de um ciclo de mandatos de Moema. A atual mandatária, que está em seu segundo mandato consecutivo após ter sido reeleita em 2020, já havia chefiado a cidade entre 2004 e 2012, totalizando quatro mandatos.

“O principal fator (para a mudança) em Lauro pode ter sido os desgastes da gestão da prefeita Moema Gramacho, sendo que Débora veio do grupo governista local e migrou para a oposição. Além disso, pesou a ascensão de uma liderança apoiada pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) e do prefeito Bruno Reis como cabos eleitorais com forte presença política na Região Metropolitana de Salvador”, analisou o cientista político Cláudio André André de Souza, doutor em Ciências Sociais e professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

Em seu perfil no Instagram, Débora publicou vídeos da comemoração, ao lado de apoiadores, nas ruas de Lauro de Freitas. “O bem sempre vence o mal. Obrigada, meu povo. Valeu a pena”, escreveu, nos vídeos compartilhados.

Processo

Durante seu segundo mandato como vereadora, Débora enfrentou um processo de cassação de seu mandato. Em 2020, o partido PSB moveu uma ação contra a então candidata Débora, acusando-a de ocultar “diversos gastos e recursos arrecadados, o que configura captação ilícita de recursos”.

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) chegou a formar maioria a favor da cassação do mandato, mas Débora recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro Nunes Marques, relator do caso na Corte, acolheu o pedido da defesa e determinou a recondução de Débora Régis ao mandato.

Nas últimas semanas, ela denunciou que vinha sendo impedida de fazer campanha em determinadas localidades de Lauro de Freitas. Ela estaria sendo ameaçada por traficantes em Portão. “Infelizmente, fui impedida de fazer campanha neste bairro que tenho enorme carinho e sempre me acolheu. Como filha de Lauro de Freitas, nunca passei por uma situação como essa. Esse terrorismo político fere a nossa democracia”, escreveu, no Instagram.

(Correio da Bahia)

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