Conheça 12 equipamentos culturais que fortalecem o turismo de Salvador
Em uma década, Salvador passou a contar com pelo menos 12 equipamentos culturais construídos ou reformados pela administração municipal que ampliaram o cardápio de opções que a cidade oferece para baianos e turistas que desejam mergulhar nas memórias e na arte local.
Segundo o secretário municipal de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho, os investimentos fazem parte de uma grande estratégia para qualificar o turismo – setor responsável por impulsionar a geração de emprego e renda -, fazendo com que muitos visitantes permaneçam mais tempo na capital baiana.
“É uma crescente. No primeiro trimestre de 2023, nós tivemos 40 mil visitantes nos equipamentos culturais de Salvador. No mesmo período em 2024, nós tivemos 145 mil. Ou seja, o número de visitantes triplicou de um ano para o outro. Os números e a alta adesão da população e dos turistas comprovam que há demanda, que com bons equipamentos há muito espaço para o turismo crescer e a economia se movimentar ainda mais”, afirma.
Veja uma lista de espaços culturais que potencializam o segmento na capital baiana.
Casa do Rio Vermelho – Com nove anos de inaugurada, a Casa do Rio Vermelho, como era carinhosamente chamada pela família Amado, é um memorial com perfil interativo, com apresentação de mais de 30 horas de vídeos e projeções, além da exposição de mais de mil obras de arte, objetos pessoais e correspondências trocadas entre Jorge Amado e Zélia Gattai, que transmitem um pouco da trajetória dos escritores.
O memorial está situado na Rua Alagoinhas, 33, no Rio Vermelho, local onde o casal viveu e trabalhou por, aproximadamente, 40 anos. O funcionamento é de terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até 17h). Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia). Às quartas-feiras, a entrada é gratuita e residentes de Salvador que apresentarem o comprovante de residência pagam meia-entrada todos os dias.
Pierre Verger – No Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana, localizado no forte Santa Maria, na Barra, estão reunidas cerca de 5 mil fotografias (impressas e digitais) divididas em seis eixos temáticos: retratos, paisagens urbanas, cultos afro-brasileiros, interior da Bahia, cenas do cotidiano e fotografia contemporânea. As imagens são de Verger e de mais 100 fotógrafos que nasceram ou vivem na Bahia.
O funcionamento ocorre de quarta a segunda-feira, das 10h às 18h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e dão direito à visitação ao Espaço Pierre Verger e ao Carybé de Artes.
Carybé de Artes – Situado no Forte de São Diogo, também na Barra, o Espaço Carybé de Artes é um centro tecnológico de referência da vida e obra do artista argentino Hector Julio Páride Bernabó (1911-1997), o Carybé, radicado na Bahia. O local exibe a beleza e autenticidade expressas nas diversas técnicas presentes em suas obras. Mais de 500 obras podem ser acessadas por meio da tecnologia, possibilitando aos visitantes uma experiência lúdica, poética e instrutiva, dando a cada um, a possibilidade de criação de sua própria mostra.
Assim como o Espaço Pierre Verger, o Carybé funciona de quarta a segunda-feira, das 10h às 18h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e dão direito à visitação a ambos os equipamentos.
Casa do Carnaval – A Casa do Carnaval da Bahia oferece uma experiência visual e de ritmos em um espaço alegre, interativo e contagiante. O projeto abriga um acervo digital e físico de diversos elementos das manifestações carnavalescas que compõem a história da folia baiana. No terraço, o museu dispõe de um café-bar onde são realizados eventos artísticos e gastronômicos, além de uma bela vista para a Baía de Todos-os-Santos.
A Casa do Carnaval fica na Praça Ramos de Queirós, ao lado do Plano Inclinado Gonçalves, no Pelourinho. As visitações podem ser feitas de terça a domingo, das 10h às 17h (entrada até as 16h).
Memorial das Baianas – Inaugurado em 2009 e entregue reformado em 2022, o Memorial das Baianas de Acarajé integra diferentes espaços: cozinha, sala de oficinas, salas de exposição e centro de referência, numa perspectiva de potencializar a difusão dos conhecimentos associados ao ofício da baiana de acarajé, que é patrimônio cultural brasileiro, reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2005.
Situado na Praça da Cruz Caída, Centro Histórico de Salvador, o espaço mostra a história do ofício das baianas, por meio da exposição da indumentária, textos, imagens e dos utensílios utilizados para o preparo e venda do acarajé. O funcionamento ocorre de segunda a sábado, das 9h às 16h. Os ingressos custam R$ 5 com gratuidade para crianças de até sete anos e também às quartas-feiras para qualquer visitante.
Cidade da Música – Instalado no icônico Casarão de Azulejos Azuis, no bairro do Comércio, ao lado do Mercado Modelo, a Cidade da Música da Bahia é um espaço de salvaguarda e de valorização da música baiana. O equipamento conta com quatro pavimentos recheados de história, com acervo totalmente digital e atmosfera contemporânea, além de espaço educativo e interativo, que atrai o público de todas as idades.
Interessados em conhecer o museu devem agendar a visita no site www.
Memorial 2 de Julho – Aqui, os visitantes têm acesso a espaços que contam a história da luta do povo baiano pela Independência do Brasil, iniciada em 7 de setembro de 1822, mas finalizada apenas com a campanha no Nordeste, em especial o 2 de julho de 1823, em solo baiano. No local, estão expostos os carros alegóricos do Caboclo e da Cabocla e documentos sobre a luta pela Independência.
Recursos tecnológicos também possibilitam um contato com o trajeto do desfile cívico e com entrevistas e histórias de pessoas comuns, especialistas e líderes da comunidade que fizeram ou ainda fazem parte da festa.
O horário de funcionamento é de terça a domingo, das 10h às 17h, com entrada permitida até as 16h. O acesso é gratuito e ocorre por meio de agendamento, através de pedidos feitos pelo e-mail supervisaom2j@viapress.
Muncab – O Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab) é um importante centro de preservação, produção e difusão da cultura afro-brasileira, diaspórica e africana nas Américas, e tem um papel fundamental no diálogo e intercâmbio entre países africanos e o Brasil.
Até o dia 9 de março de 2025, o espaço abriga a exposição “Raízes: Começo, Meio e Começo”, com mais de 200 obras de 80 artistas negros, a exemplo de Emanoel Araújo, Heitor dos Prazeres, Lita Cerqueira e Juarez Paraíso.
Situado na Rua das Vassouras, nº25, o Muncab funciona de terça a domingo, das 10h às 17h, com acesso até 16h30. Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia), com gratuidade às quartas-feiras.
Galeria Mercado – Situada no subsolo do Mercado Modelo, a Galeria Mercado exibe a beleza e diversidade da arte soteropolitana, unindo a contemporaneidade da obra de Vinícius S.A ao modernismo de Mário Cravo Jr. e Rubem Valentim.
A instalação Lágrimas, que já passou por mais de dez cidades do Brasil, além dos Estados Unidos e Alemanha, ganha espaço fixo no local. Lá, também é possível apreciar as esculturas da série “Cabeças do Tempo” de Mário Cravo Jr. (1923-2018) e as esculturas da série Templo de Oxalá de Rubem Valentim.
Casa das Histórias – Com acervo digital e físico, a Casa das Histórias de Salvador apresenta uma nova narrativa sobre os quase cinco séculos da cidade por meio de saberes e fazeres das pessoas comuns, normalmente não abordados pela história oficial da cidade, ressaltando a contribuição negra e indígena para a formação da primeira capital do país, de modo a convidar os visitantes a participarem ativamente da reflexão sobre memória e futuro de Salvador.
Situada na Rua da Bélgica, Nº2, a Casa das Histórias funciona de terça a domingo, das 9h às 17h, com entrada até 16h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), com gratuidade às quartas-feiras.
Arquivo Público – Projetado e erguido para abrigar um dos maiores acervos documentais das Américas, o Arquivo Municipal, no Comércio, conta com mais de 4 milhões de documentos. Por meio de técnicas especiais de conservação foi possível organizar, higienizar, restaurar e, em seguida, digitalizar todo acervo constituído de documentos textuais, audiovisuais, iconográficos e cartográficos.
O local preserva informações referentes ao processo histórico da formação administrativa do Brasil e ao processo de desenvolvimento sócio-cultural-político da cidade.
Museu da Misericórdia – Inaugurado em 2006, o Museu da Misericórdia, que pertence à Santa Casa de Misericórdia da Bahia (SCMBA), passou por obras de requalificação realizadas pela Prefeitura e entregues em junho deste ano.
O prédio onde está instalado foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e abriga peças relacionadas a personalidades, como a cadeira que foi utilizada por D. Pedro II durante visita à Bahia em 1859 e a escrivaninha de Ruy Barbosa, que foi funcionário da Santa Casa em 1876. No local, também é possível ver o primeiro carro movido a gasolina da Bahia. A previsão é que o espaço seja reaberto em dezembro deste ano.
Foto: Cristian Carvalho-Divulgação
Texto: Priscila Machado/ Secom PMS