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Combate ao colesterol: Saúde reforça cuidados e amplia acesso a medicamentos

No Dia Nacional de Controle e Prevenção ao Colesterol, lembrado nesta quinta-feira (8/8), o Ministério da Saúde reforça a importância da conscientização das pessoas para o colesterol alto, um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

De acordo com a pasta, as doenças cardiovasculares são a primeira causa de mortalidade no Brasil, com mais de 350 mil óbitos ao ano, média aproximada de 210 mil mortes anuais. E cerca de 14% da população brasileira (≥18 anos) relataram o diagnóstico de  colesterol elevado, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2019).

Aline Xavier, coordenadora-Geral de Prevenção às Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde, destaca a importância dos cuidados que pessoas com colesterol alto devem adotar para controlar a condição e promover qualidade de vida.

“Essas medidas incluem a adoção de modos de vida mais saudáveis, que envolvem a prática regular de atividade física e uma alimentação equilibrada. É fundamental reduzir o consumo de alimentos ricos em gordura e optar por alimentos in natura e minimamente processados, como cereais integrais, frutas, legumes e verduras. Além disso, reduzir ou cessar o tabagismo e o evitar o consumo excessivo de álcool pode ser uma estratégia extremamente eficaz para melhorar a saúde dessas pessoas”, recomenda Xavier.

Além de reforçar as ações de prevenção, a pasta tem investido na garantia do tratamento das pessoas com colesterol alto. Uma das medidas é a distribuição de medicamentos por meio do Farmácia Popular , um dos mais importantes programas da pasta e que beneficia milhões de brasileiros.

O Farmácia Popular foi relançado pelo presidente Lula em 2023, com a inclusão de novos medicamentos gratuitos, como para osteoporose e anticoncepcionais. A partir de julho último, a população passou a retirar, sem custo, remédios também para tratamento de colesterol alto, além da doença de Parkinson, glaucoma e rinite.

Com a ampliação do Farmácia Popular, anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, no dia 10 de julho, mais de um milhão e meio de pessoas já tiveram acesso a medicamentos para o colesterol de forma gratuita. Só neste primeiro mês de ampliação, o ministério investiu R$ 8,9 milhões para a aquisição dos medicamentos disponíveis nas diversas farmácias credenciadas ao programa em todo o país.

Tratamento nas UBS

O Ministério da Saúde, por meio de repasse financeiro e/ou reembolso, também oferta os fármacos na atenção especializada e básica de saúde. Entre eles, estão a sinvastatina, atorvastatina cálcica, ciprofibrato, genfibrozila, bezafibrato, fenofibrato, pravastatina sódica, etofibrato e ácido nicotínico.

Vigitel

Como parte das ações para prevenir a população do colesterol alto e de outras doenças, o Ministério da Saúde dispõe do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) , que compõe o sistema de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) do ministério, juntamente com outros inquéritos, como os domiciliares e os voltados para a população escolar.

Para a Pasta, conhecer a situação de saúde da população é o primeiro passo para planejar ações e programas que reduzam a ocorrência e a gravidade destas doenças, melhorando assim a saúde da população. A pesquisa Vigitel é realizada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde.

O que é o colesterol?

O colesterol é um tipo de gordura presente no organismo fundamental para o bom funcionamento do corpo humano. Cerca de 70% dele é produzido pelo fígado e os outros 30% adquiridos por meio da alimentação, por isso mesmo a importância de uma dieta equilibrada, pois alimentos com alto teor de gordura contribuem para a alteração do nível normal de colesterol.

Tipos de colesterol

A composição do colesterol é uma só, o que muda é o seu meio de transporte, ou seja: a lipoproteína (partícula) à qual está associado. Ela pode ser de alta ou de baixa densidade, dependendo da composição, com funções diferentes.

Colesterol LDL – o colesterol combinado às lipoproteínas de baixa densidade é chamado de LDL. Em excesso, pode se depositar nas paredes das artérias, formando placas de gordura que aumentam o risco de obstrução e consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral. Por isso, o LDL é conhecido como “colesterol ruim” e seu nível deve ser mantido baixo.

Colesterol HDL – conhecido por ser quem “tira” o colesterol das células para ser eliminado, são lipoproteínas de alta densidade que, quando combinadas ao colesterol, são chamadas de HDL. Ele ajuda a evitar a obstrução das artérias, sendo conhecido como “colesterol bom” e seu nível deve ser mantido alto.

Doenças estão relacionadas a níveis altos de colesterol

A principal consequência do excesso do colesterol LDL, e consequentemente da obstrução das artérias, é o aumento do risco de doenças cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e doença obstrutiva periférica (obstrução de artérias do corpo), hipertensão arterial sistêmica, dentre outras.

Como é feito o tratamento

O tratamento da dislipidemia tem por objetivo final a redução de eventos cardiovasculares, incluindo mortalidade, bem como a prevenção de pancreatite aguda associada à hipertrigliceridemia grave.

Existe o medicamento e não medicamentoso, sendo o último a adoção de modos de vida saudáveis, que passa por uma alimentação baseada em alimentos in natura e minimamente processados, a prática regular de atividade física e o uso de medicamentos adequadamente.

Idade recomendada para medir os níveis de colesterol

A Sociedade Brasileira de Pediatria, recomenda que o exame de colesterol na faixa etária pediátrica deve ser realizado em crianças de 2 a 8 anos obesas, com diagnóstico de diabetes ou que tenham pais com histórico de doença cardíaca ou colesterol alto e em toda criança entre 9 e 12 anos de idade (antes da puberdade).

Por: Ministério da Saúde

(Agência Gov)

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