Vitória perde para o Botafogo e é eliminado da Copa do Brasil
Quem foi ao Barradão na noite desta quarta-feira (22) esperando ver o Vitória se classificar na Copa do Brasil, precisou deixar o grito de comemoração guardado dentro do peito. Nem mesmo a estreia do novo treinador ou o gol de Daniel Jr conseguiram motivar a torcida do Leão, principalmente após Luiz Henrique e Júnior Santos balançarem as redes de Lucas Arcanjo. Após os 90 minutos, os jogadores saíram de campo sob vaias e com mais um revés na temporada.
O Leão começou com a desvantagem de um gol, por ter perdido por 1×0 na partida de ida. Por conta disso, a equipe comandada, pela primeira vez, por Thiago Carpini, se lançou ao ataque e dominou os visitantes no primeiro tempo. No entanto, o Botafogo conseguiu segurar a pressão do adversário e, no momento que cresceu, ampliou a vantagem. O cenário na segunda etapa continuou o mesmo, com o Vitória atacando e os visitantes marcando. Saindo do banco, Daniel Jr até conseguiu diminuir o placar, mas no final, o resultado terminou com 2×1 para o Botafogo.
Com a eliminação, Thiago Carpini vai ter dez dias antes do próximo confronto, quando o Vitória recebe o Atlético Goianiense pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida acontece às 16h do dia 1º de Junho, no Barradão.
QUEM FAZ GOL, PASSA
Na estreia do técnico Thiago Carpini no comando do Vitória, foram quatro mudanças em relação ao jogo de ida, no estádio Nilton Santos. O novo “professor” do clube promoveu as entradas de Rodrigo Andrade, Janderson, Iury Castilho e Luiz Adriano. Mas além da troca de jogadores, o Leão voltou a jogar em uma plataforma de 4-3-3, com quatro defensores, dois volantes, um meia de criação e três atacantes.
Quando Rodrigo José Pereira de Lima apitou o início do jogo, o Vitória foi ao ataque para tentar empatar o placar agregado e colocar fogo no Botafogo. Logo antes do relógio bater cinco minutos, o clube rubro negro já havia chegado ao último terço em duas vezes oportunidades. Em ambas as oportunidades, a bola foi recuperada na faixa central do campo, característica das equipes treinadas por Carpini.
Aos sete minutos de jogo, Matheusinho progrediu em velocidade pelo meio e encontrou Janderson com um lançamento rasteiro. O ponta rubro negro, apesar de conseguir chegar, finalizou em cima do goleiro John, que rebateu para a linha de fundo. Precisando do resultado, o esperado era que o Leão adotasse uma postura mais ofensiva na partida, o que foi traduzido em um jogo mais vertical, onde a posse da bola não podia ficar muito tempo com um único jogador. A postura, no entanto, não se traduziu em bola na rede.
Aos 17 minutos, Iury Castilho foi derrubado perto da grande área. Na cobrança, Zeca e PK se preparam para bater, mas foi o lateral direito quem foi o responsável por colocar a bola na barreira do time alvinegro. Na sequência, o Botafogo conseguiu armar um contra-ataque que só não representou perigo porque Rodrigo Andrade recuperou a posse para o Vitória.
Ao decorrer do primeiro tempo, o time de Thiago Carpini passou a pressionar o Botafogo em um bloco médio. Mesmo com o recuo na linha de pressão, o Botafogo pouco fez. Os momentos de maior ameaça dos visitantes surgiam a partir de desorganizações da equipe do Vitória. Inclusive, apesar do pouco tempo de treinamento, características como os laterais abrindo mais, a presença dos volantes na saída de bola e a busca pelas triangulações nos lados do campo se mostraram presentes.
Apesar do cenário, quem gerou a chance mais perigosa foi o Botafogo. Aos 31 minutos, Damián Suárez cruzou rasteiro e Luiz Henrique recebeu dentro da área após um corta-luz de Tchê Tchê. O camisa 7 alvinegro limpou a marcação com facilidade, mas chutou por cima do gol. Depois desse lance, o Fogão começou a gostar do jogo e passou a pressionar mais os rubro negros dentro de seu campo de defesa.
Após confusão entre os dois técnicos, o final do primeiro tempo ainda teve tempo para uma das equipes abrirem o placar. Foi aos 46 minutos que o lateral Cuiabano recebeu em velocidade na linha de fundo e, sozinho, teve espaço para cruzar nos pés de Luiz Henrique. O camisa sete do Botafogo só teve o trabalho de completar para balançar as redes de Lucas Arcanjo. 1×0 Botafogo.
Na volta para o intervalo, os dois técnicos não fizeram mudanças nos onze titulares. Assim como os mesmos 22 jogadores voltaram, o ímpeto ofensivo também reapareceu. Logo de cara, o Leão subiu a pressão em cima do Botafogo. Aos sete minutos, Bruno Uvini subiu mais alto e cabeceou para defesa do goleiro John.
Percebendo uma maior posse de bola no campo adversário, Carpini promoveu a entrada de Daniel Jr. e Osvaldo. A necessidade de buscar a vantagem fez o Vitória se lançar ainda mais pelo resultado. A mudança até gerou uma finalização do camisa 80, mas os visitantes novamente foram cirúrgicos e ampliaram o placar.
No lance, o Botafogo aproveitou o contra-ataque aos 16 minutos da segunda etapa. Savarino percorreu livre e achou Júnior Santos. Com a dupla de zaga do Leão no chão, o camisa 11 só precisou ajeitar a colocar no canto esquerdo de Lucas Arcanjo. 2×0 Botafogo. Com o gol, o Botafogo mostrou que a eficiência é mais importante que o volume.
Aos 32 minutos, Daniel Jr fez uma jogada individual com a ajuda de Alerrandro e bateu forte para furar as redes de John. O gol que diminuiu a vantagem veio em um momento da partida onde o Fogão havia se acomodado. Porém, mesmo com o gol, a equipe rubro negra não conseguiu repetir a reação. Com o apito final, um novo resultado negativo dentro do Barradão e, pela primeira vez na história da competição, o Botafogo conseguiu eliminar o Vitória.