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Ensino do Português é fundamental para uma formação cidadã

Pilar da educação, a Língua Portuguesa é instrumento fundamental na formação do Brasil e da identidade dos seus cidadãos. A partir dessa constatação, uma professora negra passou a usar suas aulas para aliar o ensino do idioma oficial do País ao combate ao preconceito racial;  outra educadora propôs uma reflexão para aprimorar a formação dos profissionais da educação básica que trabalham na área. As histórias ganham destaque às vésperas do Dia Internacional da Língua Portuguesa, comemorado em 5 de maio.

Formada pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Elizabeth Maria Miguel leciona para três turmas do Ensino Médio na Escola Estadual Quilombola Tereza Conceição de Arruda, na Comunidade Quilombola Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento (MT). A professora relata sempre ter convivido com a discriminação racial e, por isso, aproveita o espaço como educadora para conscientizar os estudantes como pessoas antirracistas com discussões pautadas pela leitura.

“Trato desse tema o tempo todo em sala de aula e nas atividades culturais, e busco informações com diversos autores negros para a nossa abordagem na disciplina. É uma oportunidade de valorizarmos e mostrarmos a nossa cultura na escola”, diz a professora. “Muitos não gostam de falar. Eu mesma falava que não tinha racismo no Brasil. A gente vai ficando mais crítico e percebendo o racismo oculto”, continua. A leitura e o ensino do idioma servem, portanto, como meios para a conscientização.

Tal é a importância do tema que a também professora Maria Valcirene Braga aproveitou seu período como bolsista da CAPES no mestrado para propor uma reflexão sobre a formação de educadores de Língua Portuguesa a partir dos relatos de experiências dos seus colegas. Ela acredita, afinal, que há “poucas discussões a respeito da formação docente e da prática que partem de professores-pesquisadores, e que têm conhecimento da realidade escolar”.

A pesquisa de Maria Valcirene partiu das monografias de pessoas da área. O trabalho, que lhe rendeu o título de mestre pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), “teve como foco elaborar uma proposta de debate sobre os discursos de futuros professores de Língua Portuguesa a partir das narrativas de experiências de sua prática pedagógica”. Em outras palavras, “procuramos ver, a partir da escrita desses futuros professores, quais contribuições sobre o ensino eles trazem e defendem. Além disso, o questionamento sobre o que os tornam sujeitos inseridos em um espaço social que busca formar uma nova geração de indivíduos pensantes”.

Sobre a data

A organização intergovernamental Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), parceira oficial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), estabeleceu, em 2009, o 5 de maio como o dia para celebrar a língua portuguesa e as culturas lusófonas. A Unesco proclamou a data como Dia Internacional da Língua Portuguesa na 40ª sessão de sua Conferência Geral, em 2019.

Por: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)/MEC

(Agência Gov)

(Foto: internet)

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