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Três problemáticas enfrentadas pelos surdos na inclusão escolar e o bilingúismo de qualidade sancionado por lei

Será que o bilinguismo é garantido e materializado com qualidade no contexto brasileiro?
Vários são os problemas enfrentados por quem tem deficiências auditivas, dentre elas, se destacam três de suma importância na busca de correção para inclusão social dessa população:
· A falta de conhecimento da cultura deles;· Uma grande falta de capacitação profissional no conhecimento da língua de sinais; · O baixo índice de aprendizagem pela má qualidade no ensino.
Segundo pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de dois milhões de pessoas no Brasil têm alguma deficiência auditiva, ou são totalmente surdos. Imaginem essa imensidão de pessoas no meio de outras tantas que ouvem e falam perfeitamente, sem entenderem a comunicação entre si.
As Libras foram introduzidas no Brasil por um professor francês, onde houve uma fusão com as línguas de sinais IBGE já existentes daqui do Brasil, havendo adaptações para um melhor entendimento entre todos que se dispuseram a aprender.
O MEC vem reconhecendo na tentativa de garantir esse ensino, com recursos para essa educação especial, sancionada pela Lei 10.436/2002, essa Língua Brasileira de Sinais (Libras) legal, de acordo com recursos legais como meios de comunicação e de expressões no Brasil. Lei que deu um grande pontapé inicial, favorecendo a luta tão árdua nas conquistas dos deficientes auditivos, sendo a linguagem de sinais reconhecida como a primeira língua dessa população com perda auditiva e o português como a segunda, inclusive em provas deve ser usado as libras como idioma nas respostas para eles.
Mas mesmo com a Lei sancionada e reconhecida, na maioria das escolas, os surdos seguem excluídos e na luta por seus direitos. Poucos professores sabem utilizar essa linguagem e a paciência necessária para essa troca de ensino: professor x alunos, nessa troca de gestos e adaptações a língua portuguesa, através dos sinais das Libras.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), no Brasil temos cerca de 64 escolas fornecendo a educação bilíngue. Portanto isso já é um grande avanço, mais ainda muito pouco para uma grande população nessa categoria, levando também em consideração que o Brasil ainda não oferece ensino de qualidade, deixando muito a desejar, já que ocupa o 53º, lugar avaliado pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), e isso mostra o quanto o índice de aprendizado está muito abaixo do esperado.
O fato é que também devemos imaginar que com esse idioma de gestos ainda é necessário muita luta, com grande envolvimento da sociedade, gerando conscientização de que é fundamental esse idioma, o aprendizado, desde o ensino do primeiro ano fundamental, se não for possível, inclui no nível superior, para todas as graduações, levando em consideração que para quem se forma em Direito, Administração, Educação Física, Medicina, ou seja, todas as graduações após se formar e for exercer a profissão, pode se deparar com alguém que se comunique com gestos, com a utilização de Libras.
O certo é que já houve grandes avanços na inclusão da Língua Brasileira de Sinais em algumas escolas, e o enfrentamento deve continuar para que, tanto quem tem dificuldades na audição, como os que não têm também, possam ter esse ensino com qualidade, de preferência subsidiado pelos Governos e Prefeituras, abrangendo o pessoal mais carente.
A meu ver, para que se tenha um ensino de qualidade em Libras, além de outros requisitos, devemos nos atentar a esses enfrentamentos de exclusão social, que infelizmente ainda existe, capacitando e incentivando profissionais nessa área, como também a busca de mais conhecimentos das necessidades que um deficiente auditivo passa na vida, no seu cotidiano, entender suas culturas, ter união e uma grande cooperação de todos no sentido em reduzir a discriminação, diminuindo os danos pelo preconceito, tratando todos com respeito, solidariedade e grande empatia.
Sarita Rodrigues – Matrícula 2220188764
AV1 da Faculdade Unijorge

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