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Prefeitura inaugura duas contenções de encosta na Caixa D’Água para trazer mais segurança a famílias em áreas de risco

Construída pela Superintendência de Obras Públicas (Sucop), a contenção da Pedro Ivo possui 776 metros quadrados de área em solo grampeado, sarjeta e drenagem. Já a proteção feita na Avenida Teles, também em solo grampeado e pela mesma autarquia, possui 401 metros quadrados e incluiu construção de passeio, mureta e recuperação de escadaria. O investimento total foi de R$ 2,2 milhões.

Bruno Reis disse que a Prefeitura já realizou em 10 anos 507 obras de proteção de encostas, entre contenções e geomantas, num investimento de mais de R$ 400 milhões. “São essas obras que estão fazendo com que a nossa cidade fique mais segura para enfrentar o período das chuvas. Neste mês de abril já choveu 804 milímetros em Salvador. É a maior chuva dos últimos 40 anos, e a cidade resistiu graças a obras como essa”, disse.

“Essas obras estão trazendo segurança e tranquilidade para as pessoas que moram tanto na parte de cima da encosta como na parte de baixo. Agora, elas podem ter noites de sono tranquilas. É um fato, Salvador está muito mais resiliente. Sim, ainda temos pontos de alagamentos em algumas áreas, principalmente em locais abaixo de barragens ou que foram aterrados, mas avançamos muito, resolvendo alagamentos em vias históricas da cidade. Mas a nossa prioridade sempre foi essa aqui: obras de contenção. Salvar vidas, evitar mortes”, completou o prefeito.

A vendedora Joesilda Pereira Santos, 49 anos, mora sob a encosta da Pedro Ivo há 38 anos. No passado, ela foi vítima de um deslizamento, quando o barro invadiu o fundo da sua casa, o que a fez perder móveis e eletrodomésticos. “Minha situação aqui era feia demais. Eu digo a você que não dormia, não tinha paz, na verdade ninguém na minha casa tinha paz. Meu filho de 10 anos, Enzo, ficava preocupado, dizendo ‘minha mãe, vá olhar o fundo pra ver como é que tá’. Encharcava tudo a casa inverno”, contou.

Sua casa foi diretamente beneficiada pela encosta, criando até um espaço seguro de lazer nos fundos. “Pense aí numa tranquilidade, num sono de paz agora meu. Pode cair toró, trovoada, não vou ter a menor preocupação. Só agradecimento, primeiro a Deus, que iluminou a cabeça do povo da Prefeitura. E é só alegria agora, só felicidade. Todo mundo tá me cobrando fazer um churrasco aí no fundo, vou ter que fazer aqui para a inauguração”, comemorou Joesilda.

Preparação – Bruno Reis disse que a Prefeitura antecipou uma série de ações em preparação às chuvas, sabendo que neste ano o inverno seria mais intenso, já que no verão fez muito calor. “Desde a poda de árvores, em parceria com a Coelba, daquelas que estão entre os fios de alta atenção, à limpeza dos canais e das redes de drenagem. Aceleramos as obras de encostas que estavam em curso e iniciamos outras. Além disso, já passamos da casa de 1,5 mil escadas drenantes que construímos e reconstruímos em Salvador nos últimos três anos”, disse.

“Então, esse conjunto de ações faz com que a cidade esteja mais forte e mais resistente. Ah, prefeito, você está assegurando que a cidade está imune aos fenômenos da natureza? Não, não se brinca com os fenômenos da natureza, nós estamos vendo eles cada vez mais intensos por conta das mudanças climáticas. Porém é um fato, uma constatação, Salvador está mais resiliente, mais preparada”, completou Bruno Reis.

Antes de iniciar uma obra de contenção de encostas, como a que ocorreu na Rua Pedro Ivo, o terreno do talude passa por um processo de limpeza, que envolve remoção de lixo e entulhos, além de corte, caso haja necessidade.

A Defesa Civil de Salvador (Codesal) faz a avaliação completa da área de risco, e a Sucop também realiza vistoria cautelar antes da contratação do projeto, efetuando estudo de topografia para averiguar inclinação, tipo de solo do talude, assim como sondagem sobre qual a contenção será executada.

Há diversas técnicas que podem ser utilizadas nesse tipo de intervenção, tais como alvenaria de pedra, muro de arrimo, cortina atirantada e solo grampeado. Nesta última, como sugere o nome, há grampos de aço colocados no terreno, e o concreto é projetado numa espécie de tela de ferragens.

Foto: Betto Jr.
Reportagem: Thiago Souza e Vitor Villar

SECOM

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