Ferry Boat: Uma madrasta não faria isso com seu enteado
Algumas comparações feitas por clientes e usuários do sistema Ferry Boat ilustram uma situação preocupante: “uma madrasta não trata seu enteado da maneira como o governo do estado trata o sistema ferry boat e, consequentemente, todos aqueles que dependem desse sistema falido e desgastado”. Cada dia traz consigo novos problemas, cada instante é uma decepção para os usuários. Enfrentam-se filas intermináveis de veículos, sem respeito a horários. Fala-se em duas ou três embarcações em funcionamento, enquanto os usuários aguardam até 4 horas para embarcar, em embarcações sujas, desconfortáveis e carentes de manutenção. Este é o estado do sistema ferry boat, administrado pela Agerba e, em última instância, pelo Governo do Estado, que nos últimos 17 anos tem negligenciado e deteriorado esse sistema crucial.
Qual é o interesse por trás dessa negligência, especialmente para o povo da Ilha de Itaparica, que nos últimos 17 anos tem apoiado fervorosamente esse governo? Para eles, o governo se assemelha a uma madrasta insensível, que ignora suas necessidades e agrava sua situação até o limite.
Um exemplo recente do descaso do Governo do Estado para com a Ilha de Itaparica foi evidenciado na última segunda-feira, quando ambulâncias foram doadas para dezenas de municípios da Bahia, mas nenhuma para Vera Cruz, Itaparica e Salinas. Isso é um reflexo surreal do discurso do governo sobre melhorias na saúde, que na realidade enfrenta precariedade em seus serviços. Um hospital geral que mal atende às necessidades básicas de sua população é apenas um exemplo do fracasso da gestão estadual.
O Governo do Estado precisa urgentemente voltar sua atenção para a Ilha de Itaparica, desde a melhoria do sistema de ferry boat até a revitalização dos serviços básicos, incluindo saúde, educação, transporte e saneamento. Fala-se muito sobre a tão esperada ponte Salvador-Itaparica, um projeto que está parado há 17 anos, reduzido a meros estudos e projeções para o futuro. É hora de transformar essas promessas em ações concretas, antes que a ilha e seus habitantes sangrem ainda mais sob o peso da negligência governamental.
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