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Celeiro e Fábrica de Jogadores: A grande diferença no mundo do futebol

O termo “celeiro de craques” é amplamente conhecido no universo do futebol, sendo utilizado para descrever os campos de várzea, os times amadores e os torneios intermunicipais, especialmente na Bahia, onde ocorre o maior torneio de futebol, com a participação de quase todos os municípios. Esse adjetivo, “celeiro”, refere-se à capacidade de descobrir talentos excepcionais, jogadores com potencial acima da média. Na Ilha de Itaparica, por exemplo, muitos talentos surgiram e até mesmo chegaram a integrar a seleção brasileira, tudo graças à filtragem proporcionada pelo celeiro de futebol. É fundamental reconhecer jogadores moldados pela sua habilidade natural, criatividade e inteligência, que dominam o esporte e têm uma conexão intrínseca com a bola, como se ela respondesse aos seus desejos. Esse dom, aliado ao conhecimento adquirido e às descobertas feitas nos celeiros, é o que distingue esses jogadores.

No entanto, atualmente, o cenário mudou. O termo em voga é “fábrica de jogador”. Aqui, os jogadores são produzidos em laboratórios, onde equipes de base contam com técnicos especializados para ensiná-los a dominar a bola, cabecear, chutar a gol e outras habilidades. Mesmo para posições tradicionalmente consideradas mais desafiadoras, como a de goleiro, não se vê mais a expressão única de arte que costumava emocionar os estádios. Antes, um goleiro podia surpreender com pontes espetaculares ou defesas incríveis, fruto de sua habilidade e talento natural. Hoje, porém, esses goleiros são orientados por profissionais, tentando seguir padrões pré-estabelecidos. Isso reflete a transição dos celeiros para as fábricas, onde o futebol se tornou mais uma máquina de produção, perdendo parte de seu brilho artístico.

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