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Naufrágios na Bahia é uma tragédia após outra

Naufrágios na Bahia sem fiscalização representam uma série de tragédias recorrentes, marcando uma preocupante falta de controle e segurança. Há sete anos, testemunhamos a tragédia na Ilha de Itaparica, seguida, há pouco mais de um mês, pela ocorrência em Boipeba. Agora, lamentavelmente, mais uma vez nos deparamos com outra situação crítica, desta vez em Madre de Deus. O padrão de incidentes levanta questionamentos sobre a negligência nas práticas envolvendo embarcações na Bahia, revelando uma ausência de referência e imprudência, cuja origem não é clara.

A responsabilidade do Governo do Estado da Bahia na fiscalização dos terminais marítimos é incontestável, mas a falta de uma supervisão eficaz levanta preocupações sérias. A Capitania dos Portos, como autoridade máxima nas águas, rios e mares, também está sob escrutínio, deixando uma grande interrogação quanto à verdadeira responsabilidade pela fiscalização dessas embarcações. Apesar de afirmarem cumprir seu papel, as demonstrações indicam que a prevenção de acidentes é limitada, enquanto a irresponsabilidade dos proprietários de lanchas e seus condutores muitas vezes ultrapassa os limites da coerência.

Em meio a essas questões, torna-se imperativo um reforço na fiscalização, especialmente durante o período de verão, tanto por parte da Capitania dos Portos nos terminais quanto da agência reguladora que aprova essas travessias entre cidades. É crucial realizar uma auditoria minuciosa, reconhecendo as limitações de recursos humanos da Capitania dos Portos, mas reforçando sua responsabilidade de fiscalização de maneira mais proativa. O Governo do Estado também necessita de uma fiscalização mais assertiva por meio de seus órgãos competentes, proporcionando uma vigilância eficaz para prevenir acidentes, reduzindo a ganância de prestadores de serviços.

Além disso, chama-se a atenção para a situação dos ferry boats, onde observamos casos de superlotação evidente, com passageiros sentados no chão, escadas e até mesmo no compartimento de carros. Essas embarcações não foram projetadas para transportar pessoas, destacando a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa e atenta. Torna-se fundamental alertar a Capitania dos Portos e a agência reguladora sobre a urgência de supervisionar efetivamente todo o sistema náutico do Estado da Bahia, visando a segurança e o bem-estar dos passageiros.

 Foto: Osvaldo Barreto 

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