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IA contribui para eficiência em segurança e gestão de ações no Festival Virada Salvador

Além da atuação dos 5 mil profissionais responsáveis pela concepção, manutenção e funcionamento do Festival Virada Salvador, a festa para receber 2024 conta ainda com o uso da Inteligência Artificial (IA) Megan – assistente pessoal desenvolvida pela Startup Hive Computer Vision – para poder identificar padrões específicos e informações sobre diversos ambientes do evento. A ferramenta contribui tanto para os setores de entretenimento e segurança, como na elaboração de relatórios e reunião de dados quantitativos.

No Virada Salvador, Megan executa, por exemplo, a contagem de pessoas, análise de densidade de público de multidões, verificando ainda padrões de acordo com o horário de cada show, utilizando pelo menos 50 câmaras, além do apoio de drones da própria equipe e da gestão do evento.

Dessa forma, a IA avalia, a cada instante, imagens e ambientes de cada apresentação, e verifica a contagem geral de pessoas, definindo ambientes com mais e menos concentração, e se isso se associa a algum show ou situação específica.

Megan também traça quais horários os cidadãos chegam com maior frequência, períodos em que há maior aglomeração, quais grupos ficam até o final, quais saem antes, para assim identificar os padrões que envolvem as pessoas no perímetro da festa.

“Utilizamos duas redes neurais no festival, uma com as câmaras de entrada, onde analisamos o fluxo, e outra móvel, que avalia a densidade de multidões, trazendo informações sobre momentos e ambientes que possuam possíveis sinais de alterações na quantidade de pessoas”, avalia William Rocha, fundador e CEO da Hive Computer Vision.

Ainda para a gestão do Festival Virada, Megan age como uma parceira essencial na gestão de dados e informações, que atua verificando os padrões de cada espaço, contribuindo também com a segurança, a partir da parceria com a Guarda Civil e a Polícia, analisando o padrão de acesso aos camarotes, horários de ingresso na Arena, de forma a compreender a atuação dos órgãos e a interação com o público.

O planejamento é levar o sistema para um campo mais amplo, como no Carnaval, em parceria com a Companhia de Governança Eletrônica do Salvador (Cogel).

Além do Festival – O potencial de Megan, porém, ultrapassa os festivais, podendo ser integrada com o sistema de transporte público, centros comerciais ou qualquer situação que envolva pessoas no espaço público, visando se tornar um modelo de eficiência e engajamento de segurança, proporcionando uma relação harmoniosa entre pessoas e tecnologia.

Para Isaac Edington, presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur) e entusiasta do sistema, Megan é muito mais do que o uso da visão computacional para analisar dados, pois personifica a conversação, permitindo ser acessada via texto através de um chat – e em breve via conversação por voz.

“Creio que essa é uma grande oportunidade de contarmos com essa tecnologia. Fiquei encantado com a iniciativa e apresentei a ideia à Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (Semit), que já realiza testes com essa ferramenta de inteligência artificial. Acredito que a Megan pode nos ajudar muito em relação à contagem de público, movimentação e contabilização de informações que podem ser importantes para a plataforma de eventos que buscamos para Salvador. Após o Réveillon, iremos avaliar os resultados e se existe a possibilidade real de incluí-la nos demais eventos gerenciados pela Prefeitura”.

Foto: Lucas Moura

Reportagem: Eduardo Santos

SECOM

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