Política e o Político – Parte 2
Diariamente, nos deparamos com uma enxurrada de perguntas, afirmações e acusações no universo político. Em redes sociais, conversas entre amigos e diversas reuniões, o tópico invariavelmente gira em torno de políticos e suas políticas. No entanto, essa discussão muitas vezes se torna insustentável ao presenciar inúmeras avaliações que chegam a extremos, resultando em acusações, algumas das quais são inadequadas e constrangedoras.
Frequentemente, ouvimos críticas severas sobre determinada abordagem política, alegando que não agrada a todos. Essa visão, compartilhada por várias pessoas, sugere que o caminho escolhido pelo político no poder é questionável. As críticas são contundentes, e, em muitas ocasiões, agressivas, vindas de indivíduos profundamente descontentes.
É crucial compreender que a política é uma arte com dois lados, positivo e negativo, de apoio e oposição. Opiniões divergentes são intrínsecas à democracia. No entanto, o desconforto surge quando as críticas ultrapassam os limites da civilidade. Aqueles que foram escolhidos como representantes muitas vezes são alvo de desrespeito, e até mesmo os eleitores que os selecionaram são injustamente desqualificados.
Entendemos que a política é complexa, envolvendo debates e opiniões divergentes. Porém, a falta de respeito é inapropriada para uma arena onde a democracia é a base. Encerramos com uma reflexão: nas últimas eleições, seja para presidente, senador, governador, deputado estadual, deputado federal, prefeito ou vereadores, como eleitores, lembramos quem foram nossas escolhas? Cobramos e acompanhamos os mandatos daqueles a quem confiamos a representação dos nossos interesses?
Todos os nossos direitos estão vinculados a deveres, e é fundamental que esses deveres busquem sua essência. O direito de reivindicar aquilo que depositamos em nossos representantes é uma prerrogativa que devemos exercer, pois, afinal, a responsabilidade política é compartilhada entre eleitores e eleitos.
Visão Cidade