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Vera Cruz: Perguntas sem respostas

Quando a intensidade do vento aumenta e a chuva se torna mais intensa, o sistema que opera as lanchas para a travessia entre Mar Grande e Salvador é interrompido devido às condições climáticas desfavoráveis. Esta suspensão, por mais óbvia e sensata que pareça, remete a um trágico acontecimento de seis anos atrás, em agosto, durante um período chuvoso. Uma das lanchas, conhecida como “Cavalo Marinho”, naufragou e ceifou vinte vidas. As famílias dessas vítimas sofrem até hoje, e os sobreviventes carregam sequelas indeléveis. A impunidade e a ausência de justiça afligem uma população que depende desse meio de transporte para alcançar a capital do Estado.

Nas redes sociais, comenta-se sobre a dragagem realizada no terminal marítimo de Mar Grande. A dragagem, embora tenha sido realizada, não garante a segurança das lanchas inadequadas para enfrentar condições climáticas adversas. Os moradores de Mar Grande também criticam a execução da dragagem, que parece ter sido feita sem um estudo técnico apropriado. Parece que a dragagem simplesmente removeu areia e a lançou em algum lugar, sem considerar as consequências. Embora tenha resolvido alguns problemas aparentes, as praias próximas à área dragada estão sofrendo erosão e destruição devido à interferência na natureza. Além disso, embora tenha havido proteção para uma parte do local, a água invade outras áreas, ameaçando propriedades à beira-mar.

A questão fundamental permanece: a dragagem foi necessária e foi feita com base em estudos técnicos? Parece que essa pergunta ficará sem resposta, deixando a população a sofrer as consequências. A ausência de respostas técnicas adequadas e soluções eficazes apenas perpetua o sofrimento e a incerteza para aqueles que dependem desse transporte e habitam essas áreas.

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