Biblioteca Juracy Magalhães Júnior em Itaparica realiza campanha ‘Cadê minha boneca preta?’
Com o objetivo de incentivar a doação de bonecas pretas para serem distribuídas a crianças em vulnerabilidade social, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), por meio da Fundação Pedro Calmon (FPC), lançou a campanha ‘Cadê minha boneca preta?’, executada pela Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, localizada em Itaparica. As doações podem ser realizadas até o dia 14 de novembro, às 17h, na própria Biblioteca em Itaparica, e também em Salvador: na Biblioteca Central (Barris); Biblioteca Anísio Teixeira (Centro); Biblioteca Thales de Azevedo (Costa Azul); e Biblioteca Infantil Monteiro Lobato (Nazaré).
Os interessados em colaborar com a campanha podem doar bonecas novas em qualquer material ou até mesmo criarem suas próprias bonecas. A meta é alcançar meninas a partir de 4 anos, estudantes de escolas públicas da ilha de Itaparica, proporcionando momentos de alegria através do brincar, levando identidade, representatividade e, acima de tudo, afeto.
A distribuição das bonecas está programada para o dia 16 de novembro, a partir das 10h, na Biblioteca Juracy, com atividades culturais envolvendo temáticas relacionadas a questões étnico-raciais, colocando a criança como protagonista.
Representatividade
Uma boneca pode ser a representação do sonho de uma criança. Seja uma boneca médica, professora, presidenta ou o que for, mas, antes de realizar, é preciso sonhar. Por isso, representatividade importa. Assim nasce a campanha, a partir da provocação da música ‘Bonecas Pretas’, da cantora baiana Larissa Luz. A ideia é que, no lúdico da brincadeira, meninas pretas tenham a possibilidade de sonhar e se verem representadas.
Para Soraia Alves, idealizadora e diretora da Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, uma criança pode ser levada a entrar em um mundo em que ela é a protagonista. “Uma boneca negra para uma criança negra pode ser um recurso para o fortalecimento de seus traços identitários e de sua autoestima, tornando-a protagonista da história de sua vida”, destaca a bibliotecária, que se inspirou também numa foto de sua filha, Samara, que quando bebê ganhou de presente sua primeira boneca preta.
Fonte: Ascom/FPC