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Câmara celebra os 90 anos do ICB

A Câmara Municipal de Salvador promoveu uma sessão especial para celebrar o nonagésimo aniversário do Instituto de Cegos da Bahia (ICB), na manhã de quarta-feira (20), no Plenário Cosme de Farias. A iniciativa partiu do vereador Alberto Braga (Republicanos), vice-líder do governo.

Segundo Alberto Braga, o ICB desempenha um papel crucial na inclusão de deficientes visuais na sociedade baiana. “O trabalho exemplar realizado pelos colaboradores do Instituto de Cegos da Bahia é notável. Esta organização tem sido pioneira na habilitação e reabilitação de indivíduos com deficiência visual. A sessão especial de hoje serve como um ato de reconhecimento da Câmara a uma entidade que, há quase um século, vem prestando serviços inestimáveis à comunidade baiana”, afirmou o vereador.

Atualmente, o ICB recebe apoio da Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer. A presidência da entidade está a cargo de Heliana Diniz, que conta com a colaboração de Consuelo Alban, assessora de captação de recursos, marketing e comunicação.

História do ICB

De acordo com o seu site, o ICB é uma organização da sociedade civil, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos nasceu do desejo de amparar deficientes visuais de todas as idades que viviam pelas ruas de Salvador sem nenhum tipo de assistência. Partiu do professor Alberto de Assis a ideia de acolhê-los num espaço único onde poderiam receber a proteção necessária para si e suas famílias.

Sua primeira sede foi em um casarão no Barbalho, doada pelo prefeito Americano da Costa, inaugurada no dia 30 de abril de 1933, onde os albergados viviam com suas famílias e trabalhavam na confecção de vassouras para garantir o sustento. As crianças e jovens que vinham em busca de instrução eram aceitas em regime de internato dirigido no início por freiras. Em maio de 1937 criou-se uma escola, que preparava os alunos até o 5º. ano do antigo curso primário. Aqueles que queriam continuar os estudos iam para o Instituo Normal, hoje ICEIA.

Esta proposta vigorou por alguns anos, até que a Diretoria, tendo à frente a presidente Edla Lima, iniciou em 1959 a construção de um novo prédio, com acomodações mais amplas e confortáveis em terreno existente no fundo do casarão, com a proposta de atender somente crianças e adolescentes deficientes visuais dos estados da Bahia e Sergipe. Essa transformação teve como principal mentora a senhora Dorina Nowill, criadora da Fundação do Livro do Cego e pioneira na integração dos deficientes visuais em escolas da rede regular de ensino. Em 1961 iniciou-se a inclusão sob a responsabilidade da Secretaria de Educação do estado e as crianças deficientes visuais começaram a ser alfabetizadas e integradas às classes regulares.

Esta filosofia permanece até os dias atuais e, após 1998 com a criação do Centro de Intervenção Precoce, o primeiro atendimento antecipou-se passando a ser feito logo após o nascimento se as crianças apresentassem problemas de visão.

Para conseguir atingir seu objetivo, que é a inclusão do deficiente visual na sociedade como cidadão de direitos e deveres, o Instituto atende gratuitamente a todos, sem limites de idade, através destes centros:

– Centro de Intervenção Precoce – CIP
– Centro de Educação Complementar – CEC
– Centro de Tecnologia da Informação – CETIN
– Centro de Apoio Terapêutico – CAT
– Centro Médico Oftalmológico – CMO

Estrutura Física – A Instituição funciona em 2 prédios próprios, interligados, e 2 anexos.

Prédio 1: Edifício Edla Dória de Lima

Prédio 2: Edifício Manuel Dias Santa Rosa

Anexo 1                                Anexo 2

Oficina de Música                   Produção Braille

Estúdio de Gravação               Cursos de Informática

Oficina de Bengala                  Auditório

Câmara Municipal de Salvador

(Foto: VC)

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