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Unidade de Fígado da Sesab promove ações no “Julho Amarelo”, mês de luta contra hepatites virais

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. São infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. A doença pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas. Com o objetivo de reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle da doença, foi instituído o “Julho Amarelo: mês de luta contra as hepatites virais”.

Durante todo o mês estão sendo desenvolvidas atividades no Cedap\Unidade de Fígado, a exemplo de testagem e acompanhamento de portadores de doenças hepáticas. No próximo dia 24, quando a unidade completa 3 anos de funcionamento, acontece o “Cedap Itinerante”, com atividades educativas nos hospitais Geral Roberto Santos e Universitário Professor Edgard Santos (Hospital das Cínicas). No dia 28, serão distribuídas 60 senhas para atendimento a pessoas com doenças hepáticas.

A diretora da Unidade de Fígado da Sesab, Dalvone Almeida, alerta para a importância da testagem e da vacinação contra as hepatites B e A, disponíveis nos postos de saúde, acrescentando que no caso da hepatite A, a vacina é disponibilizada para crianças.

DOENÇA SILENCIOSA

Na maioria dos casos, as hepatites são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, podem se manifestar com cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos comum no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.

As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção, e isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço da infecção compromete o fígado, sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão.

As hepatites B e C são a primeira causa de transplante de fígado no Brasil. No caso da hepatite A, a principal via de contágio é fecal-oral, por meio de água e alimentos contaminados. A doença a pode ser evitada por meio da vacina. No caso da hepatite B, a principal via de transmissão é sexual (relação sexual desprotegida), mas pode ocorrer também por transfusão sanguínea, compartilhamento de agulhas e seringas, material de manicure, piercings, tatuagem, escovas de dente, lâmina de barbear e demais objetos que cortam ou furam, e também de mãe para filho na gestação ou parto. Não existe vacina para hepatite C, mas o tratamento, que cura a doença, está disponível no SUS. O teste para hepatites B e C é gratuito e está disponível na rede SUS.

O impacto dessas infecções acarreta aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada às do HIV e tuberculose.

Atualmente, existem testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C, que estão disponíveis no SUS para toda a população. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente.

Sesab\Ascom

(Foto: internet)

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