Política

Base de Jerônimo se une contra pressão do PT por candidato próprio em Salvador

Partidos da base aliada do Governador Jerônimo Rodrigues estão se unindo para fazer um enfrentamento contra o movimento do PT em lançar um candidato próprio em Salvador sem ouvir os partidos do grupo. A irritação geral se intensificou, inclusive, com o movimento de pressão que o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) está fazendo para impor a candidatura do presidente da Conder, José Trindade, na capital.

Segundo apuração da reportagem, os caciques do PSB não estão satisfeitos com as tratativas envolvendo o presidente da Conder, que já se coloca como pré-candidato à Prefeitura de Salvador. A articulação também desagrada o PT, que quer um candidato orgânico da legenda na cabeça de chapa. O movimento é semelhante ao que aconteceu na última campanha, com a então candidata derrotada Major Denice (PT). Com isso, a decisão do diretório municipal do PT de Salvador em lançar um candidato próprio seria respeitada.

Ontem, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) divulgou uma foto ao lado da deputada estadual Olívia Santana (PCdoB). Os dois estão pleiteando uma vaga na chapa majoritária, assim como Trindade. “Seria uma honra pra mim ‘Olívia Santana de Geraldo Júnior’, mesmo porque estou disposto a ser ‘Geraldinho de Olívia Santana’”, disparou, durante lançamento da rede estadual da Agenda do Trabalho Decente, levantando suspeita sobre um possível apoio ao nome da comunista. Nesta semana, após uma reunião do diretório, o PCdoB definiu que a deputada iria ser a aposta da sigla nas eleições municipais.

O presidente de honra do MDB, Lúcio Vieira Lima, comemorou a possível aliança. “Geraldo Júnior deu um exemplo prático de como se deve buscar a unidade. Todos os partidos têm direito a apresentar candidato, assim como o MDB tem o nosso e o PCdoB tem Olívia. Tem que mostrar que existe a disposição da base em se unir. Quando Geraldinho diz que pode apoiar ou ser apoiada, pode buscar o entendimento para que os partidos estabeleçam os critérios para que escolha o melhor representante da base para ganhar. E que esses critérios serão respeitados pelos candidatos. Não adianta ficar só dizendo que devemos unir a base”, avaliou.

“Só vejo PT dizendo que o candidato tem que ser dele. Acho que esse movimento de Geraldinho poderá atrair com a mesma disposição Lídice da Mata e Antonio Brito. Todos que efetivamente estavam se sentindo como se não fosse para valer a falada união da base do governo. Então, se depender de Geraldinho, a União da base será para valer. Agora, baseado em conversar com todos os partidos. E daí surgir a candidatura mais forte e competitiva”, emendou.

Por Henrique Brinco

Tribuna da Bahia

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