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Alzheimer: segundo estudo a baixa quantidade de bactérias intestinais pode ser sinal da doença

Pesquisadores da Universidade de Washington, Estados Unidos, observaram uma mudança no microbioma intestinal de pacientes com a doença de Alzheimer em estado pré-clínico. A pesquisa publicada na revista Science Translational Medicine abre portas para mais pesquisas na área.

As doenças neurodegenerativas como a Doença de Alzheimer, entre outras tantas, podem ter inícios silenciosos, demonstrando poucos sinais e que muitas vezes são confundidos com os sintomas de outras doenças.

Mas alguns sinais e sintomas específicos podem auxiliar para o diagnóstico diferencial, melhorando o tempo resposta entre início dos sintomas, diagnóstico e tratamento. Isso impede, em alguns casos, o avanço rápido da doença, aumento o tempo de vida, assim como a qualidade dessa.

Visando o aprimoramento do diagnóstico, diversos pesquisadores tem observado possíveis correlações no comportamento das nossas células e dos microrganismos presentes no nosso corpo. Desta vez, os cientistas encontraram uma correlação entre a diminuição da variedade do microbioma intestinal e sinais pré-clínicos do Alzheimer.

Os sinais pré-clínicos são aqueles em que o paciente já apresenta anomalias em testes e exames, como presença do acúmulo das proteínas Tau e ß-amiloide, mas ainda não tem sintomas, como problemas de memória, desequilíbrio e desorientação.

O estudo foi realizado com 164 participantes do sexo masculino, com idades entre 68 e 94 anos. Nenhum dos participantes apresentava déficit cognitivo. No entanto, 65 tinham sinais pré-clínicos de Alzheimer.

Eles foram acompanhados entre os anos de 2019 e 2021 e realizaram exames de imagem e análise do líquido cefalorraquidiano, além da coleta de amostras de fezes. Quando analisadas, as amostras fecais dos participantes com indícios da doença se mostram menos ricas em bactérias, principalmente do bacilo Faecalibacterium prausnitzii.

Para a equipe, apesar do estudo não demonstrar de forma robusta a relação entre saúde intestinal e os indícios de Alzheimer, eles acreditam que essa possa se tornar mais uma ferramenta para o desempate em um diagnóstico diferencial.

Sendo assim, o estudo abre nova janela de pesquisa nas relações do eixo intestino-cérebro, buscando saber como eles se relacionam. Futuramente com essa compreensão, pode-se oportunizar o desenvolvimento de tratamentos mais rápidos e eficazes desta, e outras doenças, ainda  sem cura.

(Tecmundo)

(Foto: internet)

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