Vitória vacila no fim e sofre empate do Santa Cruz na estreia do Nordeste
É só a primeira rodada da Copa do Nordeste 2023, mas o Vitória entrou em campo diante do Santa Cruz neste sábado (21) com uma pressão de jogo decisivo. E o que parecia ser uma tarde com desfecho positivo para o Leão terminou com um balde de água fria. O rubro-negro vencia a partida até os 51 minutos da segunda etapa e quebrava o jejum de três jogos sem vencer, até que o Santa cobrou falta na área e o zagueiro Yan Oliveira cabeceou para o gol de Dalton. O gol do Leão foi marcado pelo lateral direito estreante Zeca, que ganhou chance no onze inicial de João Burse após lesão de Railan.
O desenho da partida poderia ter sido outro, principalmente pela quantidade de jogadas desperdiçadas pelos lados de campo ao longo do jogo. A torcida que acompanhou a partida viu o time de Burse ter dificuldades e só melhorar, de fato, na segunda etapa. Isso graças a entrada de alguns nomes que saíram do banco, como o atacante uruguaio Nicolas Dibble, que também estreou com a camisa vermelha e preta, e o centroavante colombiano Tréllez. Rafinha e Léo Gamalho deram lugar aos gringos
O gol do Vitória saiu aos 21 minutos após da segunda etapa após Osvaldo cruzar na área pelo lado direito, Dibble cabecear forte e obrigar o goleiro Geaze a fazer uma grande defesa. No rebote, Zeca se posicionou bem sem marcação dentro da área e bateu rasteiro e cruzado para a rede.
A jogada que gerou o gol do Leão não foi novidade dentro do jogo. Antes disso, o time de Burse já havia testado os cruzamentos na área durante toda o primeiro tempo. Todas sem sucesso. Com um 4-3-3 em campo, o treinador rubro-negro fez quatro mudanças em relação ao último jogo, na derrota para a Juazeirense.
Além da troca na lateral, Camutanga ganhou chance no time titular no lugar de Marco Antônio na zaga, Osvaldo substituiu Eduardo e formou o trio de ataque com Rafinha e Gamalho, e o argentino Diego Torres ganhou oportunidade na vaga de Leo Gomes. Com isso, o time ficou apenas com Rodrigo Andrade na marcação no meio e apostou nas jogadas pelas pontas para agredir a defesa do Santa Cruz.
Entretanto, Rafinha e Osvaldo pecaram bastante nos cruzamentos pelo lado e o Leão só criou, de fato, uma grande chance na primeira etapa. Zeca avançou até a entrada da grande área, enfiou a bola para Osvaldo e o camisa 7 tentou encobrir o goleiro adversário, mas parou na boa defesa de Geaze.
Em outros lances, tantos os pontas quantos os laterais João Lucas e Zeca, que foram bastante presentes no ataque, não acertavam a redonda com precisão. Horas pecavam na força, outras erravam a direção do cruzamento. Léo Gamalho sofreu bastante para ter chances claras com a bola, precisando sair da área algumas vezes para se apresentar ao jogo. O único lance claro aconteceu aos 42 minutos do primeiro tempo, quando o centroavante recebeu o cruzamento sozinho e mergulhou mal na cabeçada.
Mais chances perdidas
No segundo tempo, os cruzamentos encaixaram e o Vitória teve outras chances de ampliar o placar pelo alto, como a cabeçada forte de Tréllez no gol, que parou no arqueiro do Santa, e finalizações de fora da área que saíram dos pés de Eduardo, que entrou no lugar de Diego Torres, João Pedro, que substituiu Zeca, e Osvaldo. Nenhuma delas com real perigo para a meta dos pernambucanos.
A pressão que o time de João Burse aplicou no Santa Cruz inibiu as chances claras do adversário ao longo da segunda etapa. Nicolas Dibble foi o destaque com o acerto nos lançamentos e boa velocidade pelo lado esquerdo. Porém, o vacilo que cedeu o gol de empate também já vinha se desenhando no fim da partida.
O Santa intensificou as jogadas pelo lado do campo na busca pelo empate e a defesa rubro-negra se comportou mal, fazendo faltas sem necessidade e dando chances de bola parada ao adversário. Foram três faltas em menos de dez minutos. Na terceira e última delas, o zagueiro Yan Oliveira marcou e deixou a torcida rubro-negra bastante irritada na saída do Barradão.
Correio