Renato Paiva será o 10º técnico estrangeiro na história do Bahia; veja lista
A chegada do português Renato Paiva marcará mais uma fase de técnicos estrangeiros no Bahia. O ex-treinador do Independiente del Valle e León foi o primeiro reforço anunciado pelo Esquadrão após a venda da SAF ao Grupo City e será o responsável por comandar a equipe em 2023.
Na história do Esquadrão, Renato Paiva será o 10º técnico de fora do país, o primeiro português de forma regular no cargo. A lista conta com nomes históricos, como argentino Carlos Volante, campeão da Taça Brasil de 1959, e outros que não deixaram saudade, a exemplo de Diego Dabove, que passou Esquadrão em 2021.
Confira a lista completa de técnicos estrangeiros do Bahia:
Dante Bianchi
O argentino fez parte do Esquadrão como jogador antes de assumir o comando à beira do campo. Foram mais de 100 jogos com a camisa azul, vermelha e branca. Dante Bianchi formou uma linha de meio-campo histórica com Héctor Papetti e Mario Giuseppe Avalle, no time campeão baiano invicto em 1940. Como treinador, Bianchi também marcou época em duas passagens pelo clube, sendo a primeira entre 1947 e 1950 e a segunda entre os anos de 1955 e 1956. Entre os treinadores gringos do Esquadrão, é o que tem números mais expressivos. Foram 190 jogos, com 111 vitórias, o estrangeiro líder nos dois quesitos pelo Bahia.
Ricardo Díez
Uruguaio, Ricardo Díez fez a sua carreira como técnico no Brasil durante cerca de 30 anos. Ele foi treinador de alguns dos principais times do país, como Internacional, Cruzeiro, Sport, Náutico, Atlético-MG e América-MG. Em 23 jogos no comando do Esquadrão, Díez conseguiu dez vitórias, oito empates e cinco derrotas. Fez parte da campanha do título baiano de 1954, mas saiu antes do término da competição. Além do Baianão, foi campeão do gaúcho e mineiro duas vezes de cada, além de conquistar um título pernambucano com o Sport.
Carlos Volante
O argentino Carlos Volante precisou de só uma partida para entrar para a história do Bahia. Ele assumiu o tricolor na terceira e decisiva partida da final da Taça Brasil de 1959, contra o Santos. O resultado foi 3×1 no Maracanã e faixa no peito do Esquadrão, primeiro campeão brasileiro. O argentino treinou o time durante o ano de 1960 e, até o título do Flamengo no Brasileirão 2019, era o único técnico estrangeiro a conquistar o Campeonato Brasileiro – o português Jorge Jesus igualou o feito.
Ao todo, foram 94 partidas no comando do tricolor baiano, com 53 triunfos, 14 empates e 27 derrotas. Além do Brasileiro de 1959, foi bicampeão baiano em 1960 e 1961.
Janus Tatray
Único europeu da lista, o húngaro Janus Tatray teve uma passagem rápida pelo tricolor no ano de 1967. Foram 15 jogos durante o Campeonato Baiano, que foi vencido pelo Bahia. Tatray é mais um dos treinadores citados a fazer grande parte da carreira no Brasil. Seus maiores momentos foram no futebol paraibano, onde treinou os arquirrivais Treze e Campinense nas décadas de 1950 e 1960. Uma das conquistas marcantes foi o estadual de 1966 pelo Campinense, conquistado de maneira invicta. Também foi bicampeão cearense com o Ceará.
Juan Herrera
Foram somente três jogos, o suficiente para aparecer nesta lista. O chileno Juan Herrera assumiu o comando do Bahia rapidamente no ano de 1969 até a chegada de Fleitas Solich, o que o faz ser o profissional de passagem mais curta entre os citados. Antes de chegar a Salvador, Herrera trabalhou alguns meses com Zezé Moreira, que também treinou o Bahia e foi campeão baiano em 1978 e 1979, nos últimos anos do heptacampeonato. Teve diversos outros trabalhos como auxiliar técnico por equipes brasileiras e também na seleção chilena.
Fleitas Solich
Manuel Agustín Fleitas Solich nasceu em Assunção, capital do Paraguai, e treinou o Esquadrão entre 1969 e 1972. Já era o fim da sua vitoriosa carreira, e em solo baiano não foi diferente: levantou os troféus de Campeonato Baiano em 1970 e 1971, na década mais dominante da história do Bahia em nível estadual – o hiato do título do Vitória em 1972 foi sucedido pelo heptacampeonato entre 1973 e 1979. É o segundo treinador estrangeiro com mais jogos à frente do Esquadrão: 114 partidas, com 62 triunfos, 29 empates e 23 derrotas.
Armando Renganeschi
O argentino comandou o time durante a campanha do Campeonato Brasileiro de 1979, mas não deixou saudades por aqui. Foram 11 partidas, com três triunfos, um empate e sete derrotas, além de uma eliminação precoce no torneio que terminaria com o título do Internacional.
Diego Dabove
Mais um argentino que passou pelo Bahia, Diego Dabove foi o último técnico estrangeiro regular no comando do Esquadrão. Ele chegou ao tricolor em agosto de 2021 e foi demitido em outubro do mesmo ano. Ao todo ele comandou a equipe em seis partidas no Brasileirão e venceu apenas um. Ele foi demitido com 28% de aproveitamento. A passagem ruim de Dabove ajudou na queda do Bahia para a Série B do Brasileirão.
Bruno Lopes
Auxiliar fixo do Bahia, o português Bruno Lopes entra na conta por ter comandado o tricolor nos dois primeiros jogos no Campeonato Baiano de 2022. Na ocasião, o Esquadrão usou uma equipe alternativa. Bruno também dirigiu a equipe principal de forma interina contra o Grêmio, pelo Brasileirão de 2021, após a demissão de Dado Cavalcanti.
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