Qual a diferença entre a protéina animal e a vegetal?
Uma das principais preocupações de quem mantém uma dieta vegetariana ou vegana envolve a ingestão de proteínas. Isto porque a proteína é um nutriente fundamental ao organismo: ela ajuda nos processos celulares, no crescimento, na função imunológica, dentre várias outras utilidades. Por isso, ninguém pode ficar sem ela.
A dúvida de boa parte das pessoas costuma ser: consumir proteínas de origem animal e vegetal tem o mesmo efeito? Contamos a resposta aqui.
O que são proteínas?
Para entender a importância das proteínas, é importante primeiro entender o que elas são. As proteínas funcionam quase como se fossem “tijolinhos” do nosso corpo: são usadas para compor músculos, pele, cabelos e vários outros tecidos. Os cientistas afirmam que, depois da água, a proteína é a substância mais presente no nosso corpo.
Temos cerca de 10 mil tipos de proteínas diferentes no nosso corpo, que são compostas pelos mesmos 22 aminoácidos, que têm como função “construir” estas proteínas. Destes 22 aminoácidos, 9 deles são considerados essenciais ao organismo – o que não quer dizer que não precisamos das outras 13.
No entanto, estes aminoácidos essenciais não são produzidos pelos nossos corpos: elas têm que vir de fontes alimentares.
O mito sobre a proteína animal
Em algum momento, alguém difundiu a ideia de que a única forma de obter o total de proteínas que precisamos seria comendo carne. Por isso, pessoas vegetarianas estariam sempre em defasagem em relação a este importante nutriente. Mas será que isso é verdade?
A grande questão aqui tem a ver, na verdade, com a proporção. Em termos de componentes, não há diferenças entre as proteínas vegetais e animais: ambas contêm os mesmos 22 aminoácidos. Ocorre que elas estão presentes nestes alimentos em proporção e quantidade diferentes.
A ideia de que “alimentos vegetais são proteínas incompletas” não é verdadeira. Mas o que acontece é que, enquanto as carnes costumam conter todos os aminoácidos essenciais, os vegetais não terão todas elas ao mesmo tempo.
Por isso, o ponto mais importante aos vegetarianos e aos veganos é a variedade. Por exemplo, a ervilha não contém um aminoácido essencial chamado metionina, mas ele está presente no pimentão, na cebolinha e no tomate.
É preciso destacar que nós não precisamos consumir todos os aminoácidos essenciais numa única refeição. Não há problema em ir ingerindo os nutrientes em diferentes alimentos ao longo do dia, por exemplo.
Proteínas completas e incompletas
Portanto, a diferença entre carnívoros e veganos não tem a ver com a “qualidade” da proteína, e sim com a variedade. Vejamos aqui alguns exemplos de alimentos que são considerados proteínas completas, por conterem todos os aminoácidos não essenciais.
- Lacticínios
- Aves
- Carne
- Carne de porco
- Ovos
- Quinoa
- Fontes inteiras de soja
Já a maioria dos vegetais são fontes incompletas de proteína. Assim, como já explicamos, o mais recomendado aos vegetarianos é que variem seus alimentos. Veja abaixo uma lista de vegetais que trarão essa diversidade ao prato e ao organismo:
- Nozes
- Sementes
- Grãos integrais
- Leguminosas como feijão, ervilha e lentilha
- Vegetais
Por isso, vegetarianos e veganos precisam se atentar mais à questão de outros nutrientes, como ferro e a vitamina B12, mas a proteína em si não será um problema – desde, claro, que tenham sempre um cardápio rico e variado.
(Megacurioso)
(Foto: internet)